MANUEL ANTÓNIO DOS
ANJOS NETO AZEVEDO, nasceu em 07/09/1969, na freguesia de
Chamusca. É uma enorme Figura do desporto da Chamusca, mas também uma grande
referência do basquetebol distrital e nacional.
Ouso afirmar que sem ele o basquetebol já há muito teria
terminado na Chamusca e que a modalidade neste país estaria mais pobre, pois
aqui se construiu um clube que se encontra entre as 10 maiores escolas de
formação do basquetebol em Portugal.
Num concelho com pouco mais de 10 mil habitantes, ter esta
qualidade desportiva é algo de extraordinário e, também, um exemplo na formação
educacional e humana dos mais jovens.
Foi aos 9 anos que Manuel Azevedo teve o seu primeiro
contacto com o basquetebol. O gordinho sem qualquer jeito para a modalidade,
devido à sua grande vontade de aprender e ao prazer do convívio desportivo, aos
poucos foi aprendendo a gostar da modalidade. Em 1981 teve a sua primeira
inscrição como jogador de minibasquetebol na equipa “Postes de Iluminação” e
depois, durante 10 anos, passou por todos os escalões e representou as equipas
da Casa do Povo da Chamusca; Grupo Juventude Chamusquense; União Desportiva da
Chamusca e União de Almeirim, onde terminou a sua carreira.
Em 1987 tira o curso de monitor de basquetebol e na época de
1988/89, em simultâneo com a sua actividade de jogador, tem início a sua
carreira de treinador. A partir daqui a sua vontade de aprender, de ensinar e o
seu gosto pela modalidade tornam-se tão intensos que vai apostando na sua
evolução ao nível da formação técnica, acabando por terminar o curso de nível
3, que é o patamar máximo para treinadores de basquetebol em Portugal.
Em simultâneo com a sua actividade de treinador acumula as
funções de coordenador e dinamizador do projecto basquetebolístico na Chamusca,
tendo os títulos de campeões nacionais de 3X3 (1997/98) e de iniciados
masculinos (1998/99) e de vice-campeões nacionais da 2.ª divisão sénior
(2002/03), sido os piques de maior sucesso.
Paralelamente, devido a esta sua grande qualidade na formação
desportiva, em 1993 recebe o convite da Associação de Basquetebol de Santarém para
ir treinar selecções distritais, cargo onde se mantém até hoje, tendo
alcançado, na época de 2001/2002, no comando de uma equipa de cadetes
masculinos, uma excelente classificação de vice-campeão nacional.
As suas qualidades haveriam ainda de merecer mais realce
quando recebeu o convite para treinar uma grande equipa de nível nacional, o
“Sporting Clube Marinhense”, onde esteve durante os anos de 2000 a 2002, tendo
sido campeão nacional da 2.ª divisão na época de 2000/01.
Regressado ao basquetebol da Chamusca, faz parte do grupo que
cria o Chamusca Basket Clube, onde se mantém até hoje, proporcionando a dezenas
de jovens nas várias equipas masculinas e femininas, uma qualidade de vida a
nível desportivo e de formação educacional e social que o transformam num
grande exemplo no desporto.
Pelos mais de 1.000 jogadores que já treinou e pelos 25 anos
de uma carreira de treinador e coordenador de basquetebol, aqui lhe deixo os
meus parabéns e o desejo, sincero, que continue a sua obra.
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Manuel Azevedo encontra-se destacado e referenciado a páginas
333 a 336 da obra “Ribatejo Terra de Campeões (1982-2008)” – Editora Cosmos,
2008, da autoria do grande jornalista desportivo Carlos Arsénio.
&&&&
Quando é que começou o
teu envolvimento com o basquetebol?
Tinha 9 anos quando o professor José Monteiro, que dava aulas
na escola C+S da Chamusca e era Técnico da Câmara Municipal, apareceu um dia na
escola primária da Chamusca convidando as crianças para, depois das aulas, irem
praticar basquetebol para o pavilhão gimnodesportivo da Casa do Povo que tinha
sido inaugurado recentemente, no dia 23/10/1977.
Naquela altura o único contacto que tinha com o desporto acontecia
no recreio, no intervalo das aulas, em que jogávamos futebol e por eu ser
gordinho me empurravam sempre para a baliza, para ser o guarda-redes.
Sentias alguma apetência para praticar basquetebol?
Não tinha qualquer jeito para o basquetebol, nem tinha qualquer referência, mas era grande a
minha vontade de aprender e de conviver e por isso fui ficando ligado àquela
actividade. Começámos a ter vários convívios a nível distrital, a deslocar-nos
com frequência ao Colégio S. João de Brito, ao Ateneu Artístico Cartaxense e à
Figueira da Foz onde os professores Francisco Tavares (outro grande dinamizador do basquetbol) e José Monteiro possuíam muitos contactos.
Pode afirmar-se que foi desse modo que eu e a Chamusca
criámos as nossas raízes no basquetebol. Em 1981 fui inscrito numa equipa de minibasquete que tinha um nome curioso e engraçado, “Postes de Iluminação”.
Depois, na época 1981/82, deu-se a minha primeira inscrição como jogador federado
numa equipa de iniciados da casa do Povo da Chamusca. Ali se formou também uma
equipa sénior que se reunia para praticar alguns jogos, ainda sem estar ligada
à competição federada.
O seu 1.º cartão como jogador de minisbasquete da equipa "Postes de Iluminação.
O cartão da sua primeira inscrição como jogador federado, no escalão de iniciados, na equipa da Casa do Povo da Chamusca.
E de um pequeno projecto a Chamusca avançou em passadas largas na
modalidade!?
De facto, em pouco tempo,
na década de 80 a Chamusca tornou-se um grande centro de basquetebol em termos
distritais e nacionais, com equipas masculinas e femininas em quase todos os
escalões. Tendo chegado, na época de 1987/88, a ter uma equipa sénior masculina
na disputa do campeonato nacional da 3.ª divisão e igualmente durante um certo período
uma equipa a disputar o campeonato nacional da 2.ª divisão de seniores
femininos.
A equipa de seniores da Casa do Povo da Chamusca.
Em cima, da esquerda para a direita: Francisco Tavares (treinador), Adriano Cachapuz, Vítor Malaquias, Rafael Salvaterra, Valter Machado e Luís Vidal.
Em baixo, pela mesma ordem: Manuel Romão (director), Manuel Azevedo, Carlos Maia, João Sousa e João Cruz.
Uma das equipas femininas da Chamusca.
Foi este desenvolvimento que te cativou definitivamente para a
modalidade?
Sim, porque com toda esta
envolvência, convivência e espírito competitivo, comecei a gostar bastante do
basquetebol, a não poder viver sem ele. E apesar de nunca ter passado de um
jogador mediano, a verdade é que foi com entusiasmo que ainda pratiquei a
modalidade durante cerca de 10 anos como jogador federado em equipas da Casa do
Povo da Chamusca, do Grupo Juventude Chamusquense, do União Desportiva da
Chamusca e, finalmente, no União de Almeirim, onde terminei a minha
actividade, como jogador, na época de
1990/1991.
Na equipa do União de Almeirim (num jogo disputado no Pavilhão dos Trabalhadores, no Funchal), onde militavam mais dois jogadores da formação da Chamusca, José Santos e Paulo Oliveira.
Mas o basquetebol estava-te no sangue. Se como jogador a tua actividade
teve um período curto, a de treinador significava a possibilidade de
continuares a aprofundar a tua ligação à modalidade. Quando é que iniciaste
essa carreira?
A minha carreira de treinador iniciou-se em simultâneo com a
de jogador. Esta situação teve origem em 1987, quando o professor Francisco
Tavares, que era treinador, coordenador e outro dos grandes impulsionadores do
basquetebol da Chamusca, perguntou aos seus atletas, entre os quais eu me
incluía, se queriam ir fazer um curso de monitores de basquetebol a Santarém. Fui
um dos que aceitou a proposta e que terminaram o curso. A partir desse momento comecei
a sentir um prazer ainda maior pelo jogo, que me advinha de adquirir novos conhecimentos
técnicos e tácticos e também por sentir um grande prazer em ensinar. E foi
assim, com toda esta motivação, que na época de 1988/89, comecei pela primeira
vez a treinar uma equipa de basquetebol do escalão de infantis.
O 1.º cartão de treinador.
Os primeiros passos como treinador.
Este meu espírito de treinador tornou-se tão forte e a
vontade em me desenvolver era tão grande que, em 1991, tirei o curso de
treinador de nível 2 em Lisboa, e em 1994 frequentei o 1.º curso que em
Portugal habilitava os treinadores para treinarem equipas profissionais.
Terminei assim o curso de nível 3 que é, até hoje, o máximo patamar em Portugal
para treinadores de basquetebol.
Foi essa tua forte paixão pela modalidade que impediu o seu
desaparecimento na Chamusca?
Pode dizer-se isso, pois
foi este meu grande interesse e gosto pelo basquetebol que permitiu que, quando
os professores José Monteiro e Francisco Tavares abandonaram o basquetebol Chamusquense,
no final dos anos 80, a modalidade não tivesse acabado na Chamusca. Fiquei a
treinar uma equipa de infantis masculinos, que foi a única que resistiu, numa
altura também da transição do basquetebol da Casa do Povo para o Grupo
Juventude Chamusquense e depois com a unificação das colectividades (Sport
Chamusca e Benfica; Sporting Clube Chamusquense e Grupo Juventude Chamusquense)
para o União Desportiva da Chamusca. Foi essa minha esquipa a primeira a ganhar
um título distrital de basquetebol no União Desportiva da Chamusca na época de
1990/91. Gostaria de realçar que neste processo de transição foi
importantíssimo o trabalho de António José Costa, que serviu sempre como ponte
na ligação entre os 3 clubes que representámos.
1989 - A sua equipa de infantis.
1991- A Equipa Campeã Distrital.
Pode dizer-se que é no União Desportiva da Chamusca que o Basquetebol
volta a ter uma segunda vida?
No União começámos novamente a desenvolver o basquetebol na
Chamusca, mas sempre em divergências devido ao futebol que era a modalidade
preferida do clube. O consenso só se manteve devido não só à minha intervenção
como à do António José Costa e do Dr. João Bogalho, antigo praticante da modalidade
no S. Lisboa e Benfica e no Algés, chegando ele próprio a treinar equipas de
basquetebol no União e a ser Presidente da Direcção do clube.
A verdade é que apesar do basquetebol ser uma secção autónoma
dentro do clube, do qual apenas recebia uma verba para se ir mantendo, em
finais dos anos 90 a Direcção acabaria por fazer um ultimato à nossa secção
dizendo que a sua prioridade era o futebol e que o basquetebol para o clube não
tinha grande significado.
Mas esse facto não impediu o grande sucesso do basquetebol da Chamusca?
Não, porque mesmo com esse estado de coisas nunca baixei os
braços. Consegui treinar, coordenar e desenvolver, com sucesso, vários
projectos a nível do basquetebol como foram, por exemplo, os títulos de campeão
nacional de 3X3, na época de 1997/98 e campeão nacional de iniciados em
1998/1999, com o Hélder Coelho como treinador, e também o facto de termos sido
vice- campeões da 2.º Divisão nacional sénior na época de 2002/2003. Isto para
além de não ter havido um único ano em que não tivéssemos conquistado um título
distrital e participado em várias fases finais de campeonatos nacionais.
Nunca baixar os braços, significou também lutar por novas estruturas que cativassem para a prática do basqutebol. Esta foto refere-se à requalificação, em 1992, do espaço para a prática da modalidade no Parque Municipal.
Num jogo com o F. C. do Porto na inauguração do polidesportivo no Bairro 1.º de Maio, na Chamusca.
Campeões nacionais de 3X3. Da esquerda para a direita: João Rui Salgueiro, Tiago Lopes, Rui Tanoeiro e André Mira.
Campeões nacionais de iniciados, exibindo o troféu e de medalha ao peito.
Em cima da esquerda para a direita: Rui Oliveira, António Mendes, Tiago Lopes, Duarte Oliveira, João Tiago, Buno Dias e Rui Tanoeiro. Em baixo, pela mesma ordem, João Rui Salgueiro, Nuno Farinha, Fábio Grazina, André Mira, André Ramos e Luís Santos.
Época 1999/2000, equipa sénior campeã da Zona Centro.
Em cima, da esquerda para a direita: Paulo Oliveira, Pedro Carapeto, Nuno Bento, Nuno Inácio, Fernando Chora. Em baixo, pela mesma ordem, Mário Matos, João Ricardo, Carlos Rocha, André Romão e Bruno Santos.
Em cima, da esquerda para a direita: Paulo Oliveira, Nuno Inácio, Fernando Chora, Pedro Carapeto, Armindo Bento, Bruno Santos, António Mendes, Diogo Agostinho e o fisioterapeuta Armando Malaquias. Em baixo, pela mesma ordem, Tiago Lopes, João Tiago, Estevão Rodrigues, Luís Melrinho, João Tang e André Romão.
De destacar igualmente os imensos convites que recebemos,
devido à nossa qualidade, para participarmos em inúmeros torneios, sendo de
salientar os que disputámos na cidade do Porto, pois tínhamos uma excelente
relação com o Futebol Clube do Porto e contávamos com o inexcedível apoio da
Câmara Municipal da Chamusca e do vereador João José Bento, um grande desportista
e amigo do basquetebol.
Durante uma presença na cidade do Porto para disputarem um torneio.
De referenciar também que estivemos presentes na Ilha
da Madeira na inauguração do Pavilhão do CAB Madeira, tendo participado ali em
5 torneios consecutivos e sido elogiados pelo Presidente da Região Autónoma da
Madeira, João Jardim, como a única equipa continental que colheu a sua
admiração, pelo seu trabalho e postura durante os torneios disputados naquela
Região.
Na cidade do Funchal onde foram disputar um torneio.
Perfilados no interior do pavilhão gimnodesportivo na cidade do Funchal.
A qualidade do teu trabalho começou a ter cada vez mais visibilidade e a
Associação de Basquetebol de Santarém não hesitou em convidar-te para treinares
selecções distritais. Quando é que surgiu esse convite?
Foi em 1993 que recebi o
primeiro convite para treinar selecções distritais e desde então, como no
entender da Associação tenho desenvolvido um bom trabalho, vou mantendo a
continuidade nesse cargo. Gostaria de referir que, como seleccionador
distrital, alcancei o principal resultado desportivo até hoje obtido por selecções
do distrito quando, na época de 2001/2002, fui vice-campeão nacional com a
equipa de cadetes masculinos, da qual faziam parte os basquetebolistas
chamusquenses João Tiago, Rui Tanoeiro, Bruno Dias, Luís Santos, João Rui
Salgueiro, Tiago Lopes e André Mira, para além do António Mendes que jogava na
Chamusca. Tinha como treinador adjunto o professor Rafael Salvaterra, natural
da Chamusca e antigo jogador. Dos 12 jogadores que compunham essa selecção 8
jogavam na Chamusca, o que mostra claramente que estas selecções sempre foram
maioritariamente compostas por jogadores da Chamusca devido às suas
potencialidades e qualidades.
A Selecção que foi vice-campeã nacional.
Fotografias de outras selecções distritais que treinou.
A qualidade que demonstravas levou a que viessem procurar-te para
treinares uma equipa de outra dimensão nacional!?
Foi um desafio e uma
viragem na minha carreira de treinador, quando recebi o convite para ir treinar
uma grande equipa a nível nacional: o “Sporting Clube Marinhense”. Disseram-me
que o clube precisava de alguém com pulso forte e que impusesse regras, porque
os jogadores mais velhos tinham uma grande influência sobre o grupo e não
conseguiam obter os resultados desportivos pretendidos e ganhar qualquer título.
Ali cumpri as épocas de 2000/01 e 2001/02, sendo campeão nacional da 2.ª
divisão na época de 2000/01. Estas duas épocas foram as únicas na minha
carreira de treinador em que deixei o basquetebol da Chamusca, no qual trabalhei
sempre por dedicação, e durante as quais efectivamente recebi bastante dinheiro
no basquetebol. Acabei por abandonar este projecto porque como sempre tive como
prioridade que pagassem primeiro aos atletas, o dinheiro depois já não chegava
para mim e ficaram a dever-me 5 meses de salário.
No final do jogo, festejando com a equipa do Sporting Clube Marinhense a conquista do campeonato nacional da 2.ª divisão diante do Pinhalnovense.
Em cima, da esquerda para a direita: João Reis (director), Rui Patrício, Mário Mendes, Barbosa, Simão Santos, Filipe Tomé, Faustino Santos, Filipe Canha e Rui (director). Em baixo, pela mesma ordem, Quim (enfermeiro), Toni, José Maia, Nelson, Manuel Pepe e Edgar.
Recebidos pelo presidente da Câmara da Marinha Grande, com a faixa de campeões.
No teu regresso ao basquetebol da Chamusca trazias novos objectivos!?
Quando regressei ao
basquetebol do União Desportiva da Chamusca e como as divergências com o clube
se mantinham, devido à primazia que era dada ao futebol, o principal objectivo
era pôr termo àquela situação. Por isso em 2004 acabámos por criar o Chamusca
Basket Clube, tendo como presidente o António José Costa, e onde eu funcionava como
vice-presidente, coordenador e treinador. Não foi uma época fácil, pois como a
Casa do Povo já tinha entrado em litígio com o basquetebol e não tínhamos
pavilhão gimnodesportivo, na Chamusca, para efectuar treinos e jogar, fomos
obrigados a deslocar-nos para poder treinar e disputar os jogos nos pavilhões
de Alpiarça e de Constância. A Câmara da Chamusca é que pagava o aluguer destes
pavilhões. Em Alpiarça chegou mesmo a comprar as tabelas e os marcadores. Foi
também o subsídio anual atribuído pela Câmara às Associações que nos permitiu
pagar as deslocações e a manutenção da equipa. Em Abril de 2007 com a
inauguração do pavilhão desportivo da escola secundária passámos finalmente a
desfrutar de um espaço condigno para a prática da modalidade na Chamusca.
Durante todo este processo o basquetebol teve também o condão de te
despertar para o desenvolvimento académico!?
Em parte isso é verdade,
mas a minha formação académica teve 2 propósitos: o primeiro prendeu-se com a
necessidade pessoal de estar ligado à formação e de aprender. O segundo
deveu-se ao meu objectivo de desenvolvimento pessoal, porque muitos dos que
estavam ao meu redor no basquetebol eram licenciados e eu era praticamente um
autodidacta. Em 1999 candidatei-me à Escola Superior de Desporto de Rio Maior e
em 2004 acabei o curso. Terminei a licenciatura em “Treino Desportivo de Alto
Rendimento/Ciências do Desporto” com média de 18 valores, mas como aquele é um
Instituto Politécnico e esse facto parece fazer dele um curso ao alcance de
qualquer um, para afastar essa ideia e também porque a nível profissional,
sendo trabalhador da autarquia, onde trabalho no Gabinete de Desporto
desenvolvendo actividades físicas nos jardins de infância e nas escolas do 1.º
ciclo, precisava de me valorizar. Devido a essa circunstância inscrevi-me num
mestrado de “Lazer e Desenvolvimento Local” na Faculdade de Ciências do
Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra, tendo-o terminado com 18
valores. Como a minha ambição em termos académicos ainda se mantém, encontro-me
a frequentar o 2.º ano do doutoramento na UTAD de Trás-os-Montes.
Tens a noção de quantos
jogadores já treinaste e de entre eles gostarias de referir alguns em
particular?
Já treinei mais de 1.000 jogadores.
Dos que ajudei a formar gostaria de destacar especialmente dois, ambos da
Chamusca. O Ricardo Martinho que para além de jogar no União Desportiva da
Chamusca, jogou também no Sporting, no Benfica e na Portugal Telecom e foi
internacional em cadetes e em juniores e o Armindo Bento, que jogou sempre na Chamusca
mas foi internacional em cadetes no Campeonato da Europa de 1998.
Com Ricardo Martinho envergando o seu equipamento de atleta do Sporting Clube de Portugal.
Acompanhado por Armindo Bento, num estágio da selecção nacional de cadetes.
É fácil treinar jovens a tornarem-se não só bons jogadores, como melhores
homens e mulheres?
Dos 8 até aos 14 anos os miúdos não questionam nada. Regras,
erros técnicos, tácticas. A partir dos 14 aos 19 começam a questionar-se a si
próprios e ao nosso trabalho. É difícil fazê-los compreender que o caminho
correcto não é a noite e o álcool. Por isso alguns deles só hoje, já adultos,
compreendem o significado do que lhes dizia na altura, quando eram mais jovens.
Apesar de ter havido muitos desencontros e muitos atletas não
terem continuado o seu trabalho no sentido de uma evolução desportiva, acho que
valeu a pena a minha entrega e quando olho para esses homens e mulheres e os
vejo realizados e com referências e ideais, fico feliz porque sei que muita
dessa formação passou por mim.
Como é que foi possível manteres-te tanto tempo ligado ao basquetebol e a
própria Chamusca, sendo uma Terra com poucos habitantes, ter este sucesso na
modalidade ao longo de décadas?
Isso só foi possível porque tive a felicidade da minha mulher
me ter apoiado sempre. Devido ao apoio que o Município da Chamusca sempre
disponibilizou ao basquetebol. À adesão e participação das pessoas da Chamusca,
que podem não ir ver os jogos e algumas delas nem sequer conhecerem as regras
da modalidade, mas que se envolvem, ficam felizes com os nossos resultados e
estão sempre disponíveis para ajudar e apoiar. Por fim temos os jogadores, os
pais, familiares e muitos amigos que confiaram sempre em nós e no nosso
trabalho.
Esta mística foi-se passando ao longo de gerações. O
basquetebol na Chamusca é uma tradição. Não há praticamente nenhuma família que
não tenha tido um elemento seu a praticar basquetebol. Por exemplo, já tivemos
6 irmãos a jogar numa mesma equipa: o André Ferreira e o João Ricardo; Nuno
Bento e Armindo Bento; Tozé Rodrigues e Estevão Rodrigues.
É devido a esta
conjugação de vontades, que uma pequena Terra consegue ter um Clube que está
entre as 10 maiores escolas de formação de basquetebol de Portugal.
Só a título de curiosidade posso afirmar que, em apenas 100m2, oriundos dos bairros da Formiga e do Vale da Raposa, formámos jogadores com qualidade para termos duas equipas a participar a um nível elevado no basquetebol federado.
Fotografias de várias equipas de escalões de formação que treinou.
Ainda vamos ver-te ligado ao basquetebol durante muitos anos?
Penso que sim. Contudo em
Setembro fui operado à anca e já não tenho a mesma força que anteriormente mas,
felizmente, começam a aparecer outras pessoas a querer agarrar este projecto.
Estarei sempre disponível para colaborar, mas já não como anteriormente, por
razões de saúde e também porque sinto uma certa tristeza porque, apesar de
formarmos tantos jogadores de qualidade nas camadas jovens, não conseguimos
criar esta mesma dinâmica a nível de seniores, o que seria muito importante
para darmos uma continuidade ao nosso trabalho. Mas temos que entender que não
existem na Chamusca polos universitários e empresariais que impeçam os jovens
de irem à procura de melhor qualidade de vida e abandonem o basquetebol e se
dispersem pelo país.
Época 2013/2014. Apesar de tudo ainda se conseguiu dar corpo a um equipa de seniores e participar na competição (Todos os jogadores que formaram esta equipa, deram os primeiros passos no basquetebol pelas mãos de Manuel Azevedo).
Que mensagem final gostarias de deixar para os visitantes do blogue?
Desejo que a população continue
a apoiar o desporto na Chamusca, porque existe gente competente e com ambição à
frente das Associações desportivas do concelho.
Comentários:
Luis Imaginario deixou um novo comentário na sua mensagem "MANUEL AZEVEDO, UM GIGANTE DO BASQUETEBOL":
Mais uma vez Carlos Santos, fazes justiça a uma pessoa que tem elevado o nome da Chamusca bem alto e longe. Há carolas que têm tido ao longo da história da nossa Chamusca uma grande importância, pelo seu trabalho, esforço, mérito e competência, acho que o Manuel Azevedo é um carola da CEE (tempos modernos), acrescenta o profissionalismo ( Nivel mais elevado de treinador de Basket em Portugal ).Eu falo pelo conhecimento do que presencio, o nome do Chamusca Basket é respeitado, digo melhor impõe respeito por onde passa e isso é muito complicado de aceitar por clubes de cidades e vilas grandes, que lhes mete muita confusão como é que esta pequena terra aqui à beira Tejo consegue estar no patamar mais elevado no Distrito, eu vou tentando explicar que só existem 2 grandes razões para isso acontecer- trabalho, trabalho, trabalho e competência, isto é possivel porque existe um Manuel Azevedo, apesar de isto não ser só flores, o gajo é atravessado de corno de cabra ( sem ofensa ) e tem outro grande defeito é...........do Sporting. Por ultimo dizer a importância que tem nos nossos filhos a auto estima que sobe muito e os reflexos que tem na escola. BEM HAJAS CHAMUSCA QUEM TAIS FILHOS VAI CRIANDO.
João Ferreira deixou um novo comentário na sua mensagem "MANUEL AZEVEDO, UM GIGANTE DO BASQUETEBOL":
Sem dúvida, a homenagem mais que merecida a um Senhor do Basquetebol Nacional, a ele um abraço deste amigo, irmão, sobrinho, sacana e por vezes filho, abraço Manuel e relaxa nesta homenagem, pois bem fizeste para a merecer....
João Ribeiro deixou um novo comentário na sua mensagem "MANUEL AZEVEDO, UM GIGANTE DO BASQUETEBOL":
É de elogiar quando, em vida se reconhece a dedicação e o caminho de um nascido, criado e apaixonado pela sua terra - Manuel Azevedo. Neste caso, o louvor à Chamusca pela justa homenagem a quem enaltece a sua vila engrandecendo o seu património desportivo.
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João José Bento comentou uma ligação que partilhaste. |
João José escreveu: "Falar de Manuel Azevedo, é também falar de mim num percurso de há quase 25 anos, com vereador, secionista, Vice Presidente para o desporto no União da Chamusca durante bastantes anos, como jornalista, repórter, e comentador desportivo da Rádio Bonfim e RCA_ Ribatejo e finalmente como espetador assíduo do basquetebol chamusquense, no Pavilhão da Casa do Povo e no da C+S."
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Ana Isabel Azevedo comentou uma ligação que partilhaste. |
Ana Isabel escreveu: "Muito obrigado pelas suas palavras João José Bento, deixou-me completamente emocionada pela forma como descreveu o percurso do basquetebol na Chamusca principalmente pelas mãos de meu marido Manuel Azevedo. De facto tem sido um caminho árduo, mas muito muito gratificante, tenho muito orgulho no seu trabalho e pelo que fez pelo basquetebol na Chamusca. Reconheço, com um grande obrigado também a si, pela participação bastante empenhada nesta modalidade, assim como lhe agradeço o reconhecimento que fez à minha pessoa, contudo para além das imensas saudades que tenho dessas épocas faria tudo de novo com o mesmo entusiasmo e dedicação, tenho a maior parte desses "miúdos" homens em meu coração, vivemos imensas aventuras umas boa outras nem tanto, mas fomos felizes. Hoje não acompanhando tanto os nossos atletas porque a vida familiar não permite tanto sempre que posso lá estou para os apoiar e ver o seu percurso e a sua formação e é com bastante orgulho que vejo serem ali criados os nossos futuros homens e mulheres, porque no basquetebol da Chamusca não se joga só, também se educa e transmite valores que os permite integrar na sociedade como pessoas de bem. Tal como meu marido gostaria que o basquetebol permanecesse bem vivo na Chamusca pelo que espero que estes jovens assim o mantenham." |
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BASQUETEBOL NA CHAMUSCA/HISTORIAL EM
RESULTADOS
ÉPOCA 1989/1990
1.º Lugar Torneio Abertura Infantis
Masculinos
2.º Lugar Taça A B. Santarém Cadetes
Masculinos
2 .º Lugar Torneio Abertura Iniciados
Femininos
6 Jogadores nas Selecções Distritais
ÉPOCA 1990/1991
1.º Lugar Torneio de Abertura e
Campeonato Distrital Infantis Masculinos
1.º Lugar Torneio Abertura/2.º Lugar
Campeonato Distrital Iniciados Masculinos
2.º Lugar Torneio Abertura Iniciados
Femininos
11 Jogadores nas Selecções Distritais
Época 1991/1992
2.º Lugar Torneio Abertura Infantis
Masculinos
1.º Lugar Torneio Abertura/2.º Lugar
Campeonato Distrital Iniciados Masculinos
2.º Lugar Torneio Abertura Júniores
Masculinos
3.º Lugar Campeonato Distrital Cadetes
Femininos
12 Jogadores nas Selecções Distritais
Época 1992/1993
1.º Lugar Torneio Abertura/2.º Lugar
Campeonato Distrital Iniciados Masculinos
2.º Lugar Campeonato Distrital Cadetes
Femininos
8 Jogadores nas Selecções Distritais
Época 1993/1994
1.º Lugar Torneio Abertura/ 2.º Lugar
Campeonato Distrital Infantis Masculinos
2.º Lugar Torneio Abertura/2.º Lugar
Campeonato Distrital Iniciados Masculinos
7 Jogadores nas Selecções Distritais
Época 1994/1995
1.º Lugar Torneio Abertura/1.º Lugar
Campeonato Distrital Infantis Masculinos
2.º Lugar Torneio Abertura/1.º Lugar
Campeonato Distrital Iniciados Masculinos
6 Jogadores nas Selecções Distritais
Época 1995/1996
1.º Lugar Torneio Abertura/1.º Lugar
Campeonato Distrital Infantis Masculinos
2.º Lugar Torneio Abertura/3.º Lugar
Campeonato Distrital Cadetes Masculinos
2.º Lugar Torneio Abertura/2.º Lugar
Campeonato Distrital Júniores Masculinos
9 Jogadores nas Selecções Distritais
Época 1996/1997
1.º Lugar Campeonato Distrital
Iniciados Masculinos
2.º Lugar Campeonato Distrital Cadetes
Masculinos
2.º Lugar Campeonato Distrital
Júniores Masculinos
10 Jogadores nas Selecções Distritais
Época 1997/1998
3.º Lugar Tor. Abertura/3.º Lugar
Camp. Distrital/1.º Lugar Tor. Encerramento
Iniciados Masculinos
1.º Lugar Torneio Abertura/1.º Lugar
Campeonato Distrital Cadetes Masculinos
1.º Lugar Torneio Abertura/2.º Lugar
Campeonato Distrital Júniores Masculinos
9 Jogadores Selecções Distritais
1 Jogador na Selecção Nacional
Época 1998/1999
1.º Lugar Campeonato Distrital
Iniciados Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Cadetes
Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital
Júniores Masculinos
4.º Lugar Campeonato Distrital Cadetes
Femininos
5.º Lugar Campeonato Nacional 2.ª
Divisão Séniores Masculinos
12 Jogadores nas Selecções
Distritais/2 Jogadores nas Selecções Nacionais
Época 1999/2000 – CLUBE DO ANO
1.º Lugar Campeonato Nacional
Iniciados Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital
Iniciados Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Cadetes
Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital
Júniores Masculinos
2.º Lugar Campeonato Distrital Cadetes
Femininos
Fase Final de Séniores Masculinos –
4.º Lugar
14 Jogadores nas Selecções
Distritais/3 Jogadores nas Selecções Nacionais
Época 2000/2001 – CLUBE DO ANO
1.º Lugar Campeonato Distrital
Iniciados Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Cadetes
Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital
Júniores Masculinos
Fase Final de Séniores Masculinos –
5.º Lugar
15 Jogadores nas Selecções
Distritais/4 Jogadores nas Selecções Nacionais
Época 2001/2002
1.º Lugar Campeonato Distrital Cadetes
Masculinos
2.º Lugar Campeonato Distrital
Júniores Masculinos
5.º Lugar Campeonato Nacional Séniores
Masculinos
11 Jogadores nas Selecções
Distritais/5 Jogadores nas Selecções Nacionais
Época 2002/2003
1.º Lugar Campeonato Distrital Cadetes
Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital
Júniores Masculinos
Vice-Campeões Nacionais 2.ª Divisão B
Séniores Masculinos
Não houve trabalho de selecções
Distritais
3 jogadores nas Selecções Nacionais
Época 2003/2004
10.º Lugar 1.ª Divisão Seniores
Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Cadetes
Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital
Júniores Masculinos
2.º Lugar Campeonato Distrital de
Iniciados
12 Jogadores nas Selecções Distritais
3 jogadores nas Selecções Nacionais
Época 2004/2005
8.º Lugar 1.ª Divisão Seniores
Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Cadetes
Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital
Júniores Masculinos
3.º Lugar Campeonato Distrital de
Iniciados
6 Jogadores nas Selecções Distritais
Época 2005/2006
8.º Lugar 1.ª Divisão Seniores
Masculinos
3.º Lugar Campeonato Distrital Cadetes
Masculinos
2.º Lugar Campeonato Distrital
Júniores Masculinos
3.º Lugar Campeonato Distrital de
Iniciados
1.º Lugar Campeonato Inter-Regional
Juniores A
4.º Lugar Taça Nacional Juniores A
6 Jogadores nas Selecções Distritais
Época 2006/2007
2.º Lugar CNB2 Fase Regular / 3.º
Lugar na Fase Final - Seniores Masculinos
3.º Lugar Campeonato Distrital Cadetes
Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital
Júniores A Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital de
Iniciados – 2.º Lugar Inter-Regional – 5.º
Lugar Campeonato Nacional Zona Sul
6.º Lugar Campeonato Nacional Juniores
A
9 Jogadores nas Selecções Distritais
Época 2007/2008
1.º Lugar CNB2 Fase Regular / 6.º
Lugar na Fase Final - Seniores Masculinos
4.º Lugar Campeonato Distrital Cadetes
Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital de
Iniciados – 1.º Lugar Fase Inter-Regional
5.º Lugar Campeonato Nacional
Iniciados Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital
Infantis
7 Jogadores nas Selecções Distritais
Época 2008/2009
1.º Lugar CNB2 Fase Regular / 4º Lugar
na Fase Final - Seniores Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Sub 16
Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Sub 14
Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Sub 12
Masculinos
1.º Lugar Zona Centro Sul Campeonato
Nacional
3.º Lugar Taça Nacional Sub 16
Masculinos
11 Jogadores nas Selecções Distritais
Época 2009/2010
2.º Lugar CNB2 Fase Regular - Seniores
Masculinos
3.º Lugar Campeonato Distrital Sub 18
Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Sub 16
Masculinos
3.º Lugar Campeonato Nacional Zona Sul
Sub 16 Masculinos
4.º Lugar Campeonato Distrital Sub 14
Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Sub 12
Masculinos
4.º Lugar Campeonato Distrital Sub 13
Femininas
Época 2010/2011
2.º Lugar Campeonato Distrital Sub 18
Masculinos
2.º Lugar Torneio Vale do Tejo Sub 18
Masculinos
2.º Lugar Campeonato Distrital Sub 16
Masculinos
3.º Lugar Taça Nacional Zona Sul Sub
16 Masculinos
1.º Lugar Sub 14 Masculinos
5.º Lugar Campeonato Nacional – Zona
Centro Sul - Sub 14 Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Sub 12
Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Sub 13
Masculinos
5.º Lugar Campeonato Distrital Sub 12
Femininas
Prémio Prestígio atribuído pela
população do Concelho e promovido pela
Agrupamento de Escolas.
Época 2011/2012
1.º Lugar Campeonato Distrital Sub 18
Masculinos
2.º Lugar Campeonato Distrital Sub 16
Masculinos
3.º Lugar Taça Nacional Zona Sul Sub
16 Masculinos
1.º Lugar Sub 14 Masculinos
5.º Lugar Campeonato Nacional – Zona
Centro Sul - Sub 14 Masculinos
5.º Lugar Campeonato Disrital Sub 14
Femininas
1.º Lugar Campeonato Distrital Sub 12
Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Sub 13
Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Sub 12
Femininas
Época 2012/2013
7.º Lugar Campeonato Nacional Seniores
– Zona Centro
2.º Lugar Campeonato Distrital Sub 16
Masculinos
4.º Lugar Taça Nacional Zona Sul Sub
16 Masculinos
2.º Lugar Campeonato Distrital Sub 14
Masculinos
4.º Lugar Campeonato Nacional – Zona
Centro Sul - Sub 14 Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Sub 12
Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Sub 13
Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Sub 13
Femininos
1.º Lugar Campeonato Distrital Sub 12
Femininas
Época 2013/2014 (ainda a decorrer)
7.º Lugar Campeonato Nacional Seniores
– Zona Centro/Sul
3.º Lugar Campeonato Distrital Sub 16
Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Sub 14
Masculinos
2.º Lugar Campeonato Nacional – Zona
Centro Sul - Sub 14 Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Sub 12
Masculinos
1.º Lugar Campeonato Distrital Sub 12
Femininas
.