RAUL CALDEIRA, UM
SÍMBOLO DA CULTURA DO RIBATEJO
Raul
Manuel Gaudêncio Bexiga Caldeira, nasceu na Chamusca em 4 de Julho de 1960.
Aos
12 anos de idade começou a cantar no coro da Igreja Matriz da Chamusca e aos 13 a
jogar futebol no Grupo Juventude Chamusquense. Pormenores normais na vida de muitos
outros jovens. Contudo, o que se segue é um percurso extraordinário de paixão à
cultura da Chamusca e do Ribatejo, desenvolvendo, em simultâneo, várias
actividades, em diferentes áreas, movido por um espírito incansável e dedicado
à sua Região.
Fez
parte de uma tertúlia fadista. Foi membro de dois grupos musicais que
divulgaram a música tradicional portuguesa por todo o país e pelo estrangeiro.
Desenvolveu trabalho radiofónico em 7 rádios, tendo entrevistado entre outros,
Amália Rodrigues, João Moura, Mário Coelho e Vítor Mendes.
Escreveu
para 2 órgãos da imprensa escrita e um opúsculo sobre o Eng.º Rosa Rodrigues,
uma Figura da tauromaquia.
Grande
aficionado da festa brava, no Centro Cultural da Chamusca fundou o “Clube
Taurino” e fez parte da organização das entradas de touros na quinta-feira de
Ascensão. Naquele Centro, devido ao seu também profundo sentimento pelo fado, foi um elemento da organização da “Grande Noite do Fado”, que trouxe à Chamusca
grandes fadistas.
O teatro fez igualmente parte do seu grande envolvimento com a cultura, tendo representado numa dezena de peças e revistas, onde espelhou a sua qualidade como actor.
O teatro fez igualmente parte do seu grande envolvimento com a cultura, tendo representado numa dezena de peças e revistas, onde espelhou a sua qualidade como actor.
A
poesia (desde os 13 anos quando decorou o primeiro poema), tornou-se também um
sentimento permanente na sua vida, que o leva a declamar os poetas portugueses
pelos mais diversos palcos e eventos nacionais. De tal monta é a qualidade do
dizer poesia e o seu sentir poético, que a “Casa do Ribatejo” lhe atribui um “Diploma
de Louvor”, pela sua dedicação e divulgação da poesia ribatejana.
Perante
um tão intenso trabalho cultural, a televisão surge normalmente no seu caminho
sendo convidado para falar da sua vida cultural e declamar poesia.
Arte
poética que, conjuntamente com o fado e a tauromaquia, lhe tocam fundo na alma,
sendo uma pessoa conhecida e reconhecida pelas suas já inúmeras participações e
colaborações em eventos por todo o país, com grandes figuras dessas áreas a
nível nacional.
A
entrevista e o trabalho que a seguir se apresentam são, sem qualquer dúvida, o
tributo merecido a um Homem que é um símbolo do Ribatejo.
O trabalho e o relacionamento com grandes figuras da sociedade e da cultura Portuguesa
Declamando o poema " O Ribatejo".
Declamando "Cântico Negro" de José Régio.
Declamando "Cântico Negro" de José Régio.
O trabalho e o relacionamento com grandes figuras da sociedade e da cultura Portuguesa
Com o Grande Jornalista Fernando Pessa, na Feira Popular de Lisboa.
No velho "Pateo de Santana" em Lisboa, acompanhado por Rui Veloso, Carlos Zel e Abílio José.
Com António Pinto Basto, José Luís Nobre Costa, Margarida Bessa, João Chora, entre outros.
À conversa com o Grande Actor Rui de Carvalho
Com o filho Pedro e Katia Guerreiro, fadista e médica oftalmologista.
Quando é que nasceu este
teu forte sentimento pela cultura?
Pode
dizer-se que praticamente desde o berço. Sempre gostei muito de música.
Lembro-me de ter para aí uns 4 anos e encantado ouvir o António Calvário a
cantar a canção a “Oração” e pôr-me a trauteá-la.
Mais
tarde, quando já andava na escola, no fim das aulas, recordo-me de vir para casa a correr e ir para debaixo
das laranjeiras do meu quintal, ligar a rádio e ficar ali sozinho e em sossego
a ouvir o Tony de Matos, o António
Mourão, a Amália Rodrigues e os outros cantores em voga, em Portugal, nos anos
60.
Também
logo em miúdo ganhei um gosto especial pelo folclore, porque o meu pai me
levava a ver o Festival Internacional de Folclore de Santarém, organizado pelo
Comendador Celestino Graça. Ali se concentrava a música, a dança, o traje, a
verdadeira cultura popular.
19/05/1984 - O pai e a mãe, um exemplo na sua educação para a cultura e para os afectos.
Com que idade começou o teu envolvimento cultural e de que
forma sucedeu?
Quando
terminei a escola primária fui frequentar o Externato Liceal, que funcionava junto
do edifício onde hoje se situa a Junta de Freguesia da Chamusca, e influenciado
pelos meus colegas João Chora, Fátima Silva, Bia, São José Imaginário e Ana Paula
Simões e Silva, que pertenciam ao coro da Igreja, aos 12 anos de idade acabei
por ir também para lá cantar.
Éramos
cerca de 40 elementos, ensaiados pela Menina Nazaré Santos e que viriam a dar
origem ao “Coro da Imaculada Conceição”, que nasceu da necessidade do Grupo
sair da igreja e ir à procura de novos sons musicais, nomeadamente da música
tradicional portuguesa, de um público diferente e de percorrer outras
localidades. Esses objectivos foram conseguidos pelo “Coro” e pessoalmente,
durante os cerca de 5 anos em que ali permaneci, penso que aprendi muito sobre
música, como colocar a voz, mas também a construir amizades que se mantém até
hoje.
Foi nesse período que surgiu também a tua veia futebolística?
Surgiu
aos 13 anos, quando fui jogar nos iniciados do Grupo Juventude Chamusquense.
Tal deveu-se, como em muitas outras situações ocorridas na minha vida, aos
fortes relacionamentos que fui estabelecendo. Foi o José Pinhal que era o meu
treinador e de quem sou grande amigo que me influenciou para que jogasse
futebol.
Àquele
primeiro ano seguiram-se mais dois como juvenil, com a curiosidade de conseguir
conciliar a participação no “Coro” com a actividade desportiva. Cantava na
igreja ao domingo de manhã e à tarde jogava futebol. Os espectáculos e os jogos
também nunca coincidiram.
Contudo,
a verdade é que não sentia o mesmo apelo
pelo desporto como pela cultura, por isso só fiz mais um ano como júnior no
União de Almeirim e três como sénior no Grupo Juventude Chamusquense e resolvi
arrumar as botas.
1976 - No Estádio Municipal da Chamusca, antes do jogo Grupo Juventude Chamusquense - Académica de Santarém.
Esse ponto final no futebol significou o teu regresso às
actividades culturais?
Não
se pode dizer que tenha deixado essas actividades, mesmo depois da minha saída
do “Coro”. Muita gente desconhece, mas em 1977 havia uma Tertúlia Fadista na
Chamusca a que eu aderi. Ensaiávamos nas traseiras da antiga ourivesaria do
José Pinhal e actuávamos em espectáculos de angariação de fundos para o Grupo
Juventude Chamusquense. Os elementos dessa Tertúlia, para além de mim e do José
Pinhal, eram o Joaquim Salvador, o Artur Simões (que tocava viola), a Lucinda Grilo,
a Silvina de Sá, o Manuel da Silva
Santos e o Manuel João Ferreira.
A
Tertúlia acabou no início dos anos 80, mas há algum tempo que já só nos
reuníamos em casa do José Pinhal para conviver, tocar umas músicas e cantar uns
fadinhos.
Tertúlia Fadista - Com Matilde Pereira e Isabel Rosa como convidadas e com a presença já de Pedro Pinhal e Luís Petisca.
Pouco depois, em 1982,
surge o “Grupo Gente” em que te integras. Que instrumentos tocavas e como é que
decorreu esse período?
Tocava
bombo, cana, adufe e fazia coros. O Grupo era dirigido pelo José Pinhal e os
elementos que o compunham eram os músicos João Chora, Luís Petisca, Pedro
Pinhal, João de Sá e Mestre Julião e nas vozes Filipa Santos, Rita Loja e
Fátima Silva.
Este
Grupo fez inúmeros espectáculos em Portugal e em 1984 fomos a França onde, na
cidade de Nevers, fizemos alguns espectáculos para a Comunidade Portuguesa.
Em
Julho de 1985 o Grupo representou o Ribatejo na Feira Mostra Artesanato de Vila
do Conde e nesse mesmo ano fomos filmados pela RTP no Festival de Gastronomia
de Santarém, o que levou a uma maior divulgação do Grupo que, no seu auge,
terminaria devido ao facto de uma parte dos elementos que o constituíam terem ido
estudar para fora da Chamusca.
27/07/1985 - Vila do Conde - tocando cana - o "Grupo Gente" foi convidado para representar o Ribatejo no certame "Feira Mostra Nacional do Artesanato".
27/07/1985 - Vila do Conde - tocando cana - o "Grupo Gente" foi convidado para representar o Ribatejo no certame "Feira Mostra Nacional do Artesanato".
"Grupo Gente" actuando no espectáculo "Prata da Casa Oiro do Ribatejo", no Cine-Teatro da Chamusca.
Essa situação criou-te algum desânimo e desmotivação?
De
forma alguma. Sempre fui um homem que manteve várias actividades paralelas. Não
podia estar parado. Como desde a formação do Grupo de Forcados Amadores da
Chamusca, em 1974, me tornei seu seguidor e um aficionado da festa brava, no
ano de ano de 1986, por estar ligado ao Centro Cultural da Chamusca, fundei ali
o “Clube Taurino”, para divulgação tauromáquica, chegando a organizar uma
vacada na Praça de Touros local e várias palestras sobre o cavalo e o touro,
nelas tendo intervindo, por exemplo, os cavaleiros tauromáquicos Eng.º Rosa
Rodrigues e Rui Salvador.
Também
colaborei com o Centro Cultural da Chamusca na realização das entradas de
touros na quinta-feira de Ascensão, bem como nas grandes noites de fados na
véspera onde, com a “cumplicidade” de Maly Socorro, chegámos a trazer grandes
nomes do fado como Carlos Zel, Ada de Castro, Manuel de Almeida e os fadistas
da região. De salientar que foi este nosso empenho que acabou por fazer com que a Câmara
Municipal criasse a festa emblemática da Chamusca, a “Semana da Ascensão”, passando a Autarquia a organizar
as entradas de touros e vários dias de
festa. Neste processo foi muito importante a colaboração de Nani Machado, que
na altura era vereadora da Câmara. Foi também a partir daí que passei a ser
convidado todos os anos pela Câmara
Municipal da Chamusca para apresentar
espectáculos e a relatar as entradas de touros.
Inauguração do Clube Taurino na Chamusca, com Francisco Brás, Gaspar Almeida e Silva e Joaquim Trancas Lucas.
Com o fadista Carlos Zel.
Pelo que afirmas, pode
dizer-se que o fado, os touros e as tradições enraizaram-se ainda mais em ti no
ano de 1986?
Sem
sombra de dúvida! Para além daquilo que já referi, em 1986 entrei em outros
projectos. Foi um ano de muita actividade. Por exemplo, foi extraordinário o
hábito que se criou, naquele ano, de
todas as quartas-feiras realizar tretúlias de fado no Jockey Bar, no
Entroncamento, onde se reunia a família fadista e onde eu ia apresentar os
fadistas e declamar uns poemas. Por lá passaram algumas das grandes fadistas da
actualidade: Cristina Branco, Joana Amendoeira, Teresa Tapadas e Célia Leiria.
Foi
um fenómeno do (e no) Entroncamento que durou cerca de 12 anos.
Criou-se
um círculo fadista que às quintas-feiras
se estendia ao Parque de Campismo de Alpiarça , às sextas-feiras à “Tendinha de
Almeirim”, não esquecendo de quando em vez, aos sábados, o “Rouxinol da
Caneira”, na Chamusca, espaço gerido pelos fadistas Manuel João Ferreira e
Laura Rodrigues. Havia uma dinâmica a nível do Distrito que hoje, apesar do
fado ser património histórico imaterial da humanidade, já não existe.
Sei que foi também em 1986 que iniciaste o teu percurso na
rádio. De que forma entraste nessa área e como é que se desenrolou esse teu
trabalho?
Como
já anteriormente referi o gosto pela festa brava tinha grande importância na
minha vida e devido a isso acabei por fazer uma proposta à direcção da Rádio
Bonfim, presidida pelo então capitão Eduardo Semedo, para fazer um programa sobre
tauromaquia com a duração de meia hora, que passaria ao domingo à noite. Foi o
primeiro que realizei na rádio e que se denominou “Ecos Taurinos”. Fazia o
programa com Manuel José Lino, Abel Ferreira, Tó Lázaro e Joaquim Trancas
Lucas.
Pouco
tempo depois fiz uma nova proposta para outro programa de meia hora sobre fado
e poesia, dando destaque aos poetas chamusquenses, cujos poemas eram declamados
por Joaquim Caracol Cardador e que se chamava “Recanto Poeta e Fadista”.
Depois
seguiram-se vários outros naquela Rádio, como a “Hora Ribatejana”, “Copo de
Três”, com Manuel Romão”, “Amanhecendo”,
“De A a Z”, divulgando pessoas da história e da cultura, “(H)Ora Viva” e “Coisas
do Arco-da-Velha”, com José Sirgado.
Entretanto,
em simultâneo, em 1987, vou para a rádio “O Ribatejo”, de Santarém, onde faço o
programa “Da Charneca à Lezíria – Ribatejo”, divulgando os fadistas locais e
regionais, os ranchos folclóricos e as próprias origens do Ribatejo.
Em
1990 fiz uma incursão na Rádio Ribatejo da Azambuja, onde durante duas horas, aos
domingos, passava fado.
Estive
igualmente na RCA Ribatejo onde apresentei também um programa de tauromaquia.
Neste
período radiofónico, que se prolongou por alguns anos, colaborei ainda com as
rádios de Marinhais, Voz de Alenquer e Íris de Samora Correia.
Foi
um período extraordinário em que fiz muitas amizades, inúmeras entrevistas e
uma grande divulgação da nossa cultura e tradições.
1988 - Nos estúdios da "Rádio Bonfim".
Nos estúdios da RCA Ribatejo (Almeirim), para uma entrevista aos músicos do Grupo "Os Meninos da Avó"
09/02/1991 - Com José Sirgado e Joaquim José Queimado (na sonoplastia), numa entrevista à Grande Fadista Amália Rodrigues realizada em casa da própria.
Outra fotografia da entrevista efectuada a Amália Rodrigues.
Entrevistando o Toureiro Vítor Mendes no final de uma corrida de touros.
Campo Pequeno - Lisboa - Entrevistando o toureiro Mário Coelho na noite da sua despedida do toureio.
Cartaxo - Numa entrevista ao cavaleiro tauromáquico João Moura.
Foi esse trabalho
jornalístico e de informação na rádio que te aliciou a desenvolvê-lo também na
imprensa escrita?
A rádio deu-me alguma preparação, mas dar esse passo dependeu mais uma vez da minha vontade de fazer coisas, de ser útil e contribuir para manter as pessoas informadas, divulgar a minha Terra e Região, a cultura e as tradições.
Foi
com esse espírito que em 1989 e durante cerca de 4 anos fiz parte da Direcção
do Jornal da Chamusca onde, também, para além de escrever a página de
tauromaquia fiz várias reportagens.
Depois,
em 2003, fui convidado pelo João Queirós, director da Revista “Novo Burladero”,
para começar a escrever para aquela publicação taurina e aceitei com o orgulho
de poder colaborar na divulgação tauromáquica do nosso País. Foram cerca de 6
anos de colaboração activa e por vezes ainda ali publico alguns artigos.
No
campo da escrita, mas noutro âmbito, a convite da Câmara Municipal da Chamusca
escrevi o opúsculo “A Festa Brava Vista pelo Eng.º Rosa Rodrigues”, que foi
lançado na Semana da Ascensão de 1997. Foi mais uma oportunidade de poder
divulgar um valor da Chamusca, neste caso um grande ganadeiro e cavaleiro
tauromáquico.
Em Olivença, no stand da Revista "Novo Burladero", com Francisco Cano. O mais velho fotógrafo tauromáquico do mundo. O único fotógrafo que fotografou a morte do grande matador de touros "Manolete".
No início dos anos 90
voltas novamente à música. Que significado teve para ti este reencontro?
Significou a possibilidade de voltar a fazer amizades, de levar a música da nossa Região a muitos lugares do nosso país e desfrutar o prazer de estar em palco a fazer o que gostava.
Estive
no Grupo de Danças e Cantares da Chamusca e do Ribatejo, a tocar cana e a fazer
coros, de 1992 a 1999. Foi um período em que fomos muito bem acolhidos pelo
público, tendo participado em vários festivais e efectuado uma digressão a
França em 1993.
"Grupo Danças e Cantares da Chamusca e do Ribatejo" em Lagique Darnoise, França.
Paralelamente envolveste-te numa área nova para ti: o teatro.
De que forma chegaste a estes palcos e que peças representaste?
Fui
para o teatro por influência do actor Joaquim Caracol, o meu grande amigo de
sempre. Devido ao facto dele representar e de assistirmos a peças e
espectáculos juntos, tal envolvimento acabou por originar em mim também uma grande paixão por essa
arte.
Comecei
a representar em 1991 na reposição das revistas locais “Na Cepa Torta e Salsifré”,
a que se seguiram a revista “Sem Papas na Língua” (1993), as peças “O Grande
Chamusquense” e a “Ceia dos Cardeais (1994), “Amor à Terra” (1997) e "Vários Quadros Chamusquenses em Revista (2001).
Mais
recentemente representei nas peças “Campinos Mulheres e Fado” (2009), "Chamusca Terra de Fado" (2011), “Evocação do Poeta Armando Soares Imaginário”e na revista “O Pátio do Buraco”(2012).
Actualmente faço parte do elenco da
Companhia de Teatro do Grupo Dramático Musical, pelo que irei continuar o caminho
iniciado há mais de 20 anos.
1993 - Na revista "Sem Papas na Língua".
1994 - "O Grande Chamusquense" - Em palco com Victor Hugo, Manuel João Laurentino entre outros.
1994 - "O Grande Chamusquense" - Vídeo de uma cena representada por si.
1994 - "O Grande Chamusquense" - Vídeo de uma cena representada por si.
1994 - Grupo Drático Musical - "A Ceia dos Cardeais", com Victor Hugo e Joaquim Caracol Cardador.
1994 - "A Ceia dos Cardeais" - Vídeo de uma cena por si representada.
1994 - "A Ceia dos Cardeais" - Vídeo de uma cena por si representada.
2001 - "Vários Quadros Chamusquenses em Revista"
Tens ganho notoriedade
como apresentador de eventos. Como é que se consegue esse desempenho?
São
já muitos anos a apresentar espectáculos e eventos diversos, como a apresentação
de lançamento de livros e cd’s. Esta bagagem, a escolha das palavras, a
expressão da voz e o conhecimento daquilo que estou a apresentar dão-me o à
vontade necessário para estar à frente do público.
Depois
é preciso gostar do que se está a fazer e eu não faço nada como se fosse um
frete.
Quais foram os pontos mais marcantes como apresentador e declamador?
Foram
já tantas as apresentações que fiz que corro o risco de me esquecer de alguém
ou de algum evento. Por isso vou fazer um breve apanhado.
Para
além das apresentações já referidas ao longo da entrevista, destaco:
Os lançamento de Cd’s de João Chora, Célia
Barroca, Isabel Rosa, Ramiro dos Santos, Dora Maria e de um disco de Manuel João Ferreira
Os
lançamentos dos livros “Nas Margens do Meu Rio”, de Cristina Correia, “Rua das
Magnólias” e “Recados d’Alma” de Paula Fonseca da Luz, “Homens que Pegam Toiros”
de Teresa Soares
Nos
espectáculos poria em relevo, “Reflexos de Água”,realizado no Centro Cultural
de Belém; um espectáculo sobre Camões, exibido na Casa da Música no Porto,
musicado e criado por Custódio Castelo; “Ribatejo em Festa”, da autoria de Joâo
Vilaverde; “Colorido Ribatejano”, concebido por Mónica Pombo; “Festa do Forcado”;
“25 Anos da Morte de Ary dos Santos” e a participação em alguns espectáculos de
José Cid e de Pedro Barroso.
Outro
ponto marcante foi o ter sido, durante alguns anos, o apresentador oficial dos
espectáculos que a Liga dos Amigos do Concelho da Chamusca realizava na Feira
Popular de Lisboa.
Significativo
foi também ter chegado a fazer a apresentação de um espectáculo em Vilamoura,
em inglês.
Mais
no topo fica, sem dúvida, o espectáculo “Ribatejo Fadista”, que representou o
Ribatejo no grande certame que foi a Expo 98. Fui eu que escrevi a introdução
desse espectáculo e para além da apresentação também fazia a declamação de
poesia. Fazíamos dois espectáculos por noite no Palco do Fado. Um das 22:00 às 23.30 horas e outro da meia noite à 1
hora. Nesse espectáculo participavam também o Custódio Castelo (guitarra),
Carlos Velez (viola), João Chora ( viola
e voz), e os fadistas Carlos Lisboa,
António Figueiredo, Carlos Mendes Pereira, Cristina Branco, Teresa Tapadas e
Helena Leonor.
Durante
5 dias fomos artistas residentes na Expo 98 com o espectáculo “Ribatejo
Fadista”.
Posteriormente ainda realizámos este espectáculo
noutros locais, sendo de destacar o realizado em 1999 na Festa do Avante.
Casa do Brasil em Santarém - Apresentação do livro "Homens que Pegam Toiros"
Casa do Brasil em Santarém - Apresentação do livro "Homens que Pegam Toiros"
Golegã - Apresentação do disco do fadista chamusquense Manuel João Fereira.
Declamando, acompanhado pelos músicos José Luís Nobre Costa (guitarra). João Chora (viola) e professor Joel Pina (viola-baixo).
Apresentando um espectáculo na extinta Feira Popular de Lisboa.
Expo 1998 - Espectáculo "Ribatejo Fadista".
No Solar da Vila em Benavente.
Poesia e folclore em Ferreira do Zêzere.
Santarém- Espectáculo "Ribatejo em Festa".
Festa do Forcado.
Campo Pequeno - Lisboa - homenagem ao campino.
Almeirim - A poesia em palco.
A poesia e a declamação
são-te muita queridas. Quando é que nasceu este amor?
Para
responder a essa pergunta é preciso voltar muito atrás no tempo. Quando andava
no “Coro” e como íamos para casa da Menina Nazaré Santos ensaiar, aos 13 anos
vi lá o livro da revista popular “Na Cepa Torta”, do qual constava o poema
“Ribatejo”, da autoria de João Fonseca. Senti tanto aqueles versos que em
apenas dois ou três dias os decorei e comecei a recitar. Depois enriqueci o meu
repertório com poemas de Armando
Imaginário, Maria Manuel Cid, Fernando Pessoa, José Régio, António Gedeão e
José Carlos Ary dos Santos, do qual fiz vários espectáculos nas comemorações
dos 25 anos da sua morte.
Este
meu trabalho apaixonado viu reconhecido o seu mérito quando, em 1997, a Casa do
Ribatejo me atribuiu um diploma de louvor pela minha dedicação na divulgação da
poesia ribatejana.
Gostaria ainda de realçar o convite
de André Ponces de Carvalho para
participar em espectáculos equestres, fazendo resenhas históricas e declamando
poesia, e com o quais percorri várias localidades deste país.
Com tanto sentimento
poético, porque razão ainda não escreveste um livro de poesia?
Só ainda não escrevi poesia ou
qualquer outra forma de literatura, porque não tenho tempo para o fazer. Também
porque nunca pensei nisso. Talvez um dia escreva as minhas memórias.
Teres sido
convidado para participar em programas
de televisão, teve algum significado especial para ti?
Já fui várias vezes à televisão. Já
passei na RTP África, na RTP1 e na TVI. Talvez o maior significado de lá ter
estado tenha sido a divulgação do meu trabalho e da cultura da minha região,
criando-se assim a possibilidade de tê-los partilhado com mais pessoas.
Declamando "É Isto o Ribatejo".
Presença no Programa "Portugal no Coração" da RTP1 - 1 de Fevereiro de 2013
Declamando "É Isto o Ribatejo".
Declamando "Campino do Ribatejo"
És um homem de fortes
convicções culturais, mas também políticas. Foi difícil assumir o teu ideal
monárquico num tempo republicano?
Apesar
de todos os problemas políticos que vamos atravessando, penso que ainda há um
espaço de liberdade para assumirmos aquilo que pensamos, que sentimos e que
somos. Por isso assumi a minha convicção monárquica?
Nesse
sentido fui membro da direcção da Real Associação do Ribatejo, que desenvolveu
várias actividades e que trouxe o senhor D. Duarte ao Ribatejo. E devido a este
meu trabalho e sentimento monárquico, em 2003 fui investido, por D. Duarte de
Bragança, Cavaleiro Honorário da Real Irmandade de S. Miguel da Ala.
Cerimónia da investidura e colocação das insígnias.
Recebendo a Carta das mãos de D. Duarte de Bragança.
Qual o significado, para ti, da trilogia fado, touros,
monarquia?
Significa a defesa dos valores
culturais, históricos e sociais de Portugal. Sou um apaixonado pela história de
Portugal. Tivemos um Império e isso orgulha-me.
Quando tanta gente se
insurge contra as corridas de touros, o que vês no toureio?
Vejo
a beleza, a arte, o mistério do pano encarnado, com o qual o homem domina o
ímpeto animal.
O toureio para mim é uma arte, como por exemplo a pintura, a música e a poesia.
Na Praça de touros do Campo Pequeno - Trajado a rigor.
Acompanhado pela mulher, Paula Loja, e pelo amigo Abel Ferreira, na Praça de Touros de Santarém.
Acompanhado pela mãe, Generosa, e pelo amigo José Pirinhas.
Entre forcados do "Grupo de Forcados Amadores da Chamusca"
Volta à arena na Praça de Touros da Chamusca, numa noite em que pegou duas vacas.
Em Barrancos, nos cornos de um touro.
Por certo ganhaste algum dinheiro nas diversas actividades
que desenvolveste, mas porque razão não te tornaste profissional?
É
certo que recebi algum dinheiro, mas também dei muitas borlas e participei em
inúmeros espectáculos de beneficência.
Não
fui mais longe na minha vida “artística” por não me querer ligar a lobbies.
Também por ter medo de deixar a Chamusca. Isso seria como arrancar-me um braço.
Para mim a Chamusca é como uma mãe e não seria capaz de sobreviver longe dela.
Tudo, desde a tradição, o envolvimento com o touro, o cavalo, o fado, a poesia
e as amizades que aqui criei, me marcaram.
Amo
esta Terra e esta região e só faço as coisas por paixão, pelo prazer de fazer,
de estar.
Como
dizia a grande poetisa chamusquense Maria Manuel Cid; “Deus quando pensou em
fazer o mundo, primeiro fez o Ribatejo. Todas as belezas que Ele idealizou
pô-las aqui.” É isso que eu sinto, a beleza, a paixão e um amor muito forte por
esta região.
Que mensagem final
gostarias de deixar para todos os que vão ler este trabalho?
Antes de deixar uma mensagem para
todos os que nos estão a ler, gostaria de agradecer-te e ao blog "Corações
da Chamusca" todo o carinho, simpatia e amabilidade por me terem inserido
nesta galeria reunido com, eles sim, Grandes e Magníficos Chamusquenses
por quem nutro grande admiração e respeito. Eu serei apenas um que, em vez de
ser um "coração da Chamusca", trago a Chamusca no coração,
"dentro do peito como um tesoiro".
A minha vida, este meu percurso
não o fiz sozinho. Vêm-me à memória muitos nomes, muitas amizades, que
me ajudaram e influenciaram na minha formação humana, académica,
social e artistica. Não posso, nem devo, deixar de nomear os meus Pais;
Mestre José Maria Pedroso; Professor José Fernandes Vaz; os companheiro(a)s
de escola e do Liceu; Menina Nazaré Santos; os colegas do Coro da
Imaculada Conceição; Joaquim Caracol Cardador, Joaquim Salvador, José Pinhal,
Vitor Cegonho, Professor José Dias, D. Maria Manuel Cid; os companheiros do
"Grupo Gente"; Joaquim Trancas Lucas, Abel Ferreira, António Lázaro,
José Sirgado, Luis Salgueiro, Joaquim José Queimado e restantes elementos da
Rádio Bonfim da Chamusca e da RCA Ribatejo; a grande e fantástica equipa
do Jornal da Chamusca; Manuel da Silva Santos, João José Samouco da
Fonseca, Vitor Hugo, Fernando Ferreira, Manuel José Aranha, Maria Emilia Vacas,
Leonor Serrasqueiro, José Cid, Pedro Barroso, Manuel João Valério (Nekas);
todos os elementos da consagrada Revista Taurina "Novo Burladero";
Carlos Petisca e restantes elementos do Grupo de Teatro do GDM-JNP; todos os
fadistas, guitarristas e violas de fado da Chamusca e da região que me têm
acarinhado e partilhado com a sua Amizade; a todos os elementos do Grupo de
Forcados Amadores da Chamusca e, obviamente, a edilidade da minha Terra.
Estou agradecido a todos
Chamusquenses, leitores, ouvintes e público em geral, que, de uma maneira ou de
outra, me têm incentivado, apoiado, acarinhado, aplaudido. E finalmente, os
últimos são os primeiros, à minha Familia.
A todos estou profundamente grato.
Quero deixar uma mensagem aos
Jovens para acreditarem no futuro. Que, tal como eu, procurem e preservem a
história e a cultura das vossas raizes. Que pratiquem actividades
desportivas, associativas, lúdicas, culturais. Que se insiram activamente na
sociedade procurando melhorá-la. Que dêm relevo e apoio a todos os nossos
artistas dos vários quadrantes, porque a Chamusca é um manancial artistico,
desportivo e cultural.
Que vivam a Vida sem exageros, com
equilibrio, sensatez e moderação.
Que amem a vossa Terra como
se ama uma Mãe.
Que todos os leitores deste blogue
sejam muito Felizes e que tenham muita saúde.
A todos o meu muito, e muito,
obrigado.
Para mais informações
sobre a actividade de Raul Caldeira pode seguir o seu blogue deportaberta.blogspot.com.
Agradecimentos a Pedro Laurentino.
Comentários no facebook e no blogue:
Victor Azevedo deixou um novo comentário na sua mensagem "RAUL CALDEIRA, UM SÍMBOLO
DA CULTURA DO RIBATEJO":
Excelente!
Felicito Carlos Oliveira não só pelo belíssimo e útil blogue que nos vai apresentando com
assinalável regularidade no qual se inclui este excelente trabalho e, neste caso também, o
amigo Raul Caldeira pela magnífica exposição feita da sua muito importante actividade cultural
e artística em prol da cultura, da Chamusca e do Ribatejo!
Confesso até que desconhecia um ou outro detalhe do seu fantástico percurso que, estou certo,
todos apreciamos e aplaudimos...
Desejo que continue com o mesmo ritmo e igual entusiasmo e paixão na defesa do bairrismo e
do nosso Ribatejo e de todas as nossas belíssimas tradições e, agora de caracter pessoal, que
faça o favor de continuar a considerar-me no grupo dos seus amigos!
Victor Azevedo
Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "RAUL CALDEIRA, UM SÍMBOLO DA CULTURA DO RIBATEJO":
Gostei muito de ler esta "viagem" pela tua vida...
Beijinho
A. Luz
Eunice Carvalho deixou um novo comentário na sua mensagem "RAUL CALDEIRA, UM SÍMBOLO DA CULTURA DO RIBATEJO":
Conheço alguns chamusquenses mas, o Raúl é inigualável. Homem frontal, directo, franco, e acima de tudo ARTISTA. Como bom ribatejano que é tem na alma tudo que deve ter, crença, coragem, lealdade, valor e amor. Agradeço esta partilha da vida do Raúl, passei a conhecer melhor um amigo que já admirava. Deus lhe dê saúde e a nós nos dê a sorte de continuar a partilhar consigo os bons momentos que nos proporciona no fado, na poesia, nas corridas e em serões de amizade. Um beijinho com votos de continuação de SUCESSO.
Dora deixou um novo comentário na sua mensagem "RAUL CALDEIRA, UM SÍMBOLO DA CULTURA DO RIBATEJO":
Amigo Raul , quando penso em ti vejo-te sempre como o Homem que tem sempre a porta aberta para todos... Uma porta de madeira que apenas simboliza a forma « aberta » , amistosa e espontânea com que abres o teu coração, o teu sorriso e a tua amizade para todos. Sempre disponível para ajudar quem precisa ...
Obrigada Raul por seres o Homem que és , muito mais que um genuíno homem do Ribatejo( como muita gente te define ) , és um homem genuinamente bom e generoso , o que para mim tem muito mais valor .
Beijos e fados ....
( Dora Maria )
Marco Domingos deixou um novo comentário na sua mensagem "RAUL CALDEIRA, UM SÍMBOLO DA CULTURA DO RIBATEJO":
Tudo o que fazemos na vida tem de ser feito com paixão, para ser bem feito.
E o Raul destaca-se por isso. Pelo empenho, dedicação e generosidade que coloca em tudo o que faz. Mas é sobretudo o amor à sua terra mãe que bem o caracteriza. Houvesse em cada lugar deste país um homem assim dedicado à terra, e este seria certamente um país melhor.
Diz Raul, "Não fui mais longe na minha vida “artística” por não me querer ligar a lobbies. Também por ter medo de deixar a Chamusca. Isso seria como arrancar-me um braço. Para mim a Chamusca é como uma mãe e não seria capaz de sobreviver longe dela."
Se o nosso Ribatejo é de beleza impar e de uma cultura vastíssima, não é menos verdade que o Ribatejo não seria o mesmo sem esta figura que faz o favor de ser nosso amigo. Raúl.
Marco Domingos
Agradecimentos a Pedro Laurentino.
Comentários no facebook e no blogue:
Victor Azevedo deixou um novo comentário na sua mensagem "RAUL CALDEIRA, UM SÍMBOLO
DA CULTURA DO RIBATEJO":
Excelente!
Felicito Carlos Oliveira não só pelo belíssimo e útil blogue que nos vai apresentando com
assinalável regularidade no qual se inclui este excelente trabalho e, neste caso também, o
amigo Raul Caldeira pela magnífica exposição feita da sua muito importante actividade cultural
e artística em prol da cultura, da Chamusca e do Ribatejo!
Confesso até que desconhecia um ou outro detalhe do seu fantástico percurso que, estou certo,
todos apreciamos e aplaudimos...
Desejo que continue com o mesmo ritmo e igual entusiasmo e paixão na defesa do bairrismo e
do nosso Ribatejo e de todas as nossas belíssimas tradições e, agora de caracter pessoal, que
faça o favor de continuar a considerar-me no grupo dos seus amigos!
Victor Azevedo
Eduardo Martinho deixou um novo comentário na sua mensagem "RAUL CALDEIRA,
UM SÍMBOLO DA CULTURA DO RIBATEJO":
Extraordinário e impressionante exemplo de vida inteiramente dedicada à sua Terra!
Surpreendeu-me, em particular, a qualidade de “diseur” do entrevistado!
Sem Raúl Caldeira (e este blog de divulgação de Carlos Oliveira) a Chamusca ficaria
Extraordinário e impressionante exemplo de vida inteiramente dedicada à sua Terra!
Surpreendeu-me, em particular, a qualidade de “diseur” do entrevistado!
Sem Raúl Caldeira (e este blog de divulgação de Carlos Oliveira) a Chamusca ficaria
mais pobre.
Um cordial abraço,
Eduardo João Martinho
Eduardo João Martinho
rosa-branca deixou um novo comentário na sua mensagem "RAUL CALDEIRA,
UM SÍMBOLO DA CULTURA DO RIBATEJO":
Olá amigo, quero dar-lhe os parabéns pelo magnífico trabalho aqui apresentado, que já li e reli,
pois adorei. O Raúl é um Ribatejano de gema e um grande homem, que sempre se dedicou á nossa Chamusca de alma e coração. Um declamador que eu gosto muito. Também desconhecia certos percursos da sua vida e dou-lhe os parabéns pelo curriculum que é excepcional.
Beijos aos dois com carinho
Olá amigo, quero dar-lhe os parabéns pelo magnífico trabalho aqui apresentado, que já li e reli,
pois adorei. O Raúl é um Ribatejano de gema e um grande homem, que sempre se dedicou á nossa Chamusca de alma e coração. Um declamador que eu gosto muito. Também desconhecia certos percursos da sua vida e dou-lhe os parabéns pelo curriculum que é excepcional.
Beijos aos dois com carinho
Um novo comentário na sua mensagem "RAUL CALDEIRA, UM SÍMBOLO DA CULTURA DO RIBATEJO":
Sempre com a mesma garra e empenho, Homem que vive a sua terra e o Ribatejo como poucos.
Para mim , na minha modesta opinião ninguem, mas ninguem declama poesia alusiva ao Ribatejo
como ele, existe nele um sentimento, que quem é ribatejano como eu, sente o cheiro da lezíria,
tem uma vibração especial.
Parabens Ao Carlos Oliveira por este trabalho, e claro ao Raul, que continue a presentear-nos
com o seu talento.
um abraço
leonor cordeiro
Sempre com a mesma garra e empenho, Homem que vive a sua terra e o Ribatejo como poucos.
Para mim , na minha modesta opinião ninguem, mas ninguem declama poesia alusiva ao Ribatejo
como ele, existe nele um sentimento, que quem é ribatejano como eu, sente o cheiro da lezíria,
tem uma vibração especial.
Parabens Ao Carlos Oliveira por este trabalho, e claro ao Raul, que continue a presentear-nos
com o seu talento.
um abraço
leonor cordeiro
Anónimo deixou um novo comentário na sua mensagem "RAUL CALDEIRA, UM SÍMBOLO DA CULTURA DO RIBATEJO":
Gostei muito de ler esta "viagem" pela tua vida...
Beijinho
A. Luz
adelaide nunes nunes deixou um novo comentário na sua mensagem "RAUL CALDEIRA, UM SÍMBOLO DA CULTURA DO RIBATEJO":
Meu querido amigo Raul, o teu percurso extraordinário é uma enorme inspiração. Sempre com muito empenho, entusiasmo e enorme talento mostraste sempre um versatilidade impar. A tua Chamusca sempre no teu coração!!!
Sinto-me um gigantesco privilégio em ser tua amiga.
Desejo que o futuro te traga muitos sucessos e muitas razões para sorrires. :)
Meu querido amigo Raul, o teu percurso extraordinário é uma enorme inspiração. Sempre com muito empenho, entusiasmo e enorme talento mostraste sempre um versatilidade impar. A tua Chamusca sempre no teu coração!!!
Sinto-me um gigantesco privilégio em ser tua amiga.
Desejo que o futuro te traga muitos sucessos e muitas razões para sorrires. :)
Eunice Carvalho deixou um novo comentário na sua mensagem "RAUL CALDEIRA, UM SÍMBOLO DA CULTURA DO RIBATEJO":
Conheço alguns chamusquenses mas, o Raúl é inigualável. Homem frontal, directo, franco, e acima de tudo ARTISTA. Como bom ribatejano que é tem na alma tudo que deve ter, crença, coragem, lealdade, valor e amor. Agradeço esta partilha da vida do Raúl, passei a conhecer melhor um amigo que já admirava. Deus lhe dê saúde e a nós nos dê a sorte de continuar a partilhar consigo os bons momentos que nos proporciona no fado, na poesia, nas corridas e em serões de amizade. Um beijinho com votos de continuação de SUCESSO.
Dora deixou um novo comentário na sua mensagem "RAUL CALDEIRA, UM SÍMBOLO DA CULTURA DO RIBATEJO":
Amigo Raul , quando penso em ti vejo-te sempre como o Homem que tem sempre a porta aberta para todos... Uma porta de madeira que apenas simboliza a forma « aberta » , amistosa e espontânea com que abres o teu coração, o teu sorriso e a tua amizade para todos. Sempre disponível para ajudar quem precisa ...
Obrigada Raul por seres o Homem que és , muito mais que um genuíno homem do Ribatejo( como muita gente te define ) , és um homem genuinamente bom e generoso , o que para mim tem muito mais valor .
Beijos e fados ....
( Dora Maria )
Marco Domingos deixou um novo comentário na sua mensagem "RAUL CALDEIRA, UM SÍMBOLO DA CULTURA DO RIBATEJO":
Tudo o que fazemos na vida tem de ser feito com paixão, para ser bem feito.
E o Raul destaca-se por isso. Pelo empenho, dedicação e generosidade que coloca em tudo o que faz. Mas é sobretudo o amor à sua terra mãe que bem o caracteriza. Houvesse em cada lugar deste país um homem assim dedicado à terra, e este seria certamente um país melhor.
Diz Raul, "Não fui mais longe na minha vida “artística” por não me querer ligar a lobbies. Também por ter medo de deixar a Chamusca. Isso seria como arrancar-me um braço. Para mim a Chamusca é como uma mãe e não seria capaz de sobreviver longe dela."
Se o nosso Ribatejo é de beleza impar e de uma cultura vastíssima, não é menos verdade que o Ribatejo não seria o mesmo sem esta figura que faz o favor de ser nosso amigo. Raúl.
Marco Domingos
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Excelente!
ResponderEliminarFelicito Carlos Oliveira não só pelo belíssimo e útil blogue que nos vai apresentando com assinalável regularidade no qual se inclui este excelente trabalho e, neste caso também, o amigo Raul Caldeira pela magnífica exposição feita da sua muito importante actividade cultural e artística em prol da cultura, da Chamusca e do Ribatejo!
Confesso até que desconhecia um ou outro detalhe do seu fantástico percurso que, estou certo, todos apreciamos e aplaudimos...
Desejo que continue com o mesmo ritmo e igual entusiasmo e paixão na defesa do bairrismo e do nosso Ribatejo e de todas as nossas belíssimas tradições e, agora de caracter pessoal, que faça o favor de continuar a considerar-me no grupo dos seus amigos!
Victor Azevedo
Extraordinário e impressionante exemplo de vida inteiramente dedicada à sua Terra!
ResponderEliminarSurpreendeu-me, em particular, a qualidade de “diseur” do entrevistado!
Sem Raúl Caldeira (e este blog de divulgação de Carlos Oliveira) a Chamusca ficaria mais pobre.
Um cordial abraço,
Eduardo João Martinho
Olá amigo, quero dar-lhe os parabéns pelo magnífico trabalho aqui apresentado, que já li e reli, pois adorei. O Raúl é um Ribatejano de gema e um grande homem, que sempre se dedicou á nossa Chamusca de alma e coração. Um declamador que eu gosto muito. Também desconhecia certos percursos da sua vida e dou-lhe os parabéns pelo curriculum que é excepcional. Beijos aos dois com carinho
ResponderEliminarCaríssimos Amigos, agradeço toda a colaboração, Amizade e participação na divulgação da Chamusca e dos seus valores. Este blogue apenas pretende dignificar a nossa Terra e as suas Gentes. Felizmente que não faço este trabalho sozinho porque, desde o início, também conto com o vosso empenho e de muitos outros, que vão fazendo deste espaço um diálogo sem fronteiras. Muito obrigado pelos vossos incentivos, apoio e carinho.
ResponderEliminarSempre com a mesma garra e empenho, Homem que vive a sua terra e o Ribatejo como poucos.
ResponderEliminarPara mim , na minha modesta opinião ninguem, mas ninguem declama poesia alusiva ao Ribatejo
como ele, existe nele um sentimento, que quem é ribatejano como eu, sente o cheiro da lezíria, tem uma vibração especial.
Parabens Ao Carlos Oliveira por este trabalho, e claro ao Raul, que continue a presentear-nos com o seu talento.
um abraço
leonor cordeiro
Gostei muito de ler esta "viagem" pela tua vida...
ResponderEliminarBeijinho
A. Luz
Meu querido amigo Raul, o teu percurso extraordinário é uma enorme inspiração. Sempre com muito empenho, entusiasmo e enorme talento mostraste sempre um versatilidade impar. A tua Chamusca sempre no teu coração!!!
ResponderEliminarSinto-me um gigantesco privilégio em ser tua amiga.
Desejo que o futuro te traga muitos sucessos e muitas razões para sorrires. :)
Conheço alguns chamusquenses mas, o Raúl é inigualável. Homem frontal, directo, franco, e acima de tudo ARTISTA. Como bom ribatejano que é tem na alma tudo que deve ter, crença, coragem, lealdade, valor e amor. Agradeço esta partilha da vida do Raúl, passei a conhecer melhor um amigo que já admirava. Deus lhe dê saúde e a nós nos dê a sorte de continuar a partilhar consigo os bons momentos que nos proporciona no fado, na poesia, nas corridas e em serões de amizade. Um beijinho com votos de continuação de SUCESSO.
ResponderEliminarAmigo Raul , quando penso em ti vejo-te sempre como o Homem que tem sempre a porta aberta para todos... Uma porta de madeira que apenas simboliza a forma « aberta » , amistosa e espontânea com que abres o teu coração, o teu sorriso e a tua amizade para todos. Sempre disponível para ajudar quem precisa ...
ResponderEliminarObrigada Raul por seres o Homem que és , muito mais que um genuíno homem do Ribatejo( como muita gente te define ) , és um homem genuinamente bom e generoso , o que para mim tem muito mais valor .
Beijos e fados ....
( Dora Maria )
Tudo o que fazemos na vida tem de ser feito com paixão, para ser bem feito.
ResponderEliminarE o Raul destaca-se por isso. Pelo empenho, dedicação e generosidade que coloca em tudo o que faz. Mas é sobretudo o amor à sua terra mãe que bem o caracteriza. Houvesse em cada lugar deste país um homem assim dedicado à terra, e este seria certamente um país melhor.
Diz Raul, "Não fui mais longe na minha vida “artística” por não me querer ligar a lobbies. Também por ter medo de deixar a Chamusca. Isso seria como arrancar-me um braço. Para mim a Chamusca é como uma mãe e não seria capaz de sobreviver longe dela."
Se o nosso Ribatejo é de beleza impar e de uma cultura vastíssima, não é menos verdade que o Ribatejo não seria o mesmo sem esta figura que faz o favor de ser nosso amigo. Raúl.
Marco Domingos
Tive o privilégio de ver nascer o projecto "Corações da Chamusca" e aos poucos ver a dimensão extraordinária que teve por todo o mundo. Ideias como esta fazem realçar o carácter do Homem fantástico que é o Carlos (aliás, Carlos significa isso mesmo: HOMEM). Homem incansável e determinado na busca diária de um sentimento já quase em vias de extinção: O AMOR AO PRÓXIMO. Esta filosofia de vida começou a ser alinhavada em textos, nos livros que ele editou ao longo dos anos, todos com uma forte mensagem que destaca o amor e o desamor que vivemos, fruto dos tempos, das exigências da vida e das solicitações infindáveis do trabalho, da família, do mundo, do sistema. Não é fácil ser-se Homem quando os valores de uma sociedade estão invertidos, ou mesmo apagados. Não é fácil deixar a nossa vida pessoal e familiar para dar um pouco de alento a uma terra envelhecida, como é a Chamusca, e enaltecer Homens com Valores Humanitários e culturais acima da média. O Carlos Oliveira trabalha por amor e com amor, vive cada linha e sentimento que escreve,
ResponderEliminarDesde a primeira entrevista feita ao nosso querido amigo Victor Cegonho até agora nota-se uma evolução excelente.
Parabéns a todos os entrevistados pelo contributo que deram à sua Terra Mãe e ao Carlos pelo altruísmo.