O
fogo que teve origem em quatro frentes – Valeira, Casal da Pereira, Jardoa e
Casal do Couto – propagou-se com uma velocidade imparável e brutal e em poucas
horas deixou profundas marcas de pânico, dor, morte e destruição.
O
incêndio foi combatido por 13 corporações de bombeiros, constituídas por 139
homens e 23 viaturas, que apesar de uma entrega total e um esforço imenso foram
incapazes de travar a violência e a voracidade do fogo.
Arderam
30 mil hectares de floresta, cerca de metade da área florestal do concelho da
Chamusca e, para além de alguns anexos, cozinhas e barracões, foram ainda
consumidas pelas labaredas 20 habitações nas freguesias de Chamusca, Pinheiro
Grande, Ulme e Vale de Cavalos, deixando desalojadas 32 pessoas.
Foram
perdidas duas mil cabeças de gado, algumas pequenas unidades fabris foram
destruídas e as linhas telefónicas numa área de cerca de vinte cinco
quilómetros ficaram carbonizadas.
A tragédia bateu ainda mais fundo com o sofrimento das quatro mortes
ocorridas: duas mulheres no Pinheiro Grande e dois Bombeiros chilenos em Ulme.
Precisamente
10 anos depois relembra-se o momento, não com o propósito doloroso de recordar
mas, sobretudo, com o objectivo de alertar para a necessidade de uma
organização mais coesa entre Protecção Civil, Bombeiros, Autarquias e órgãos
governamentais para combater um flagelo que, no Verão, ano após ano, como uma
praga, assola o país.
Faz-se
aqui também um agradecimento público à população que de uma forma abnegada e
solidária colaborou na luta contra as chamas e aos Bombeiros, sobretudo à
Associação de Bombeiros Voluntários Chamusquenses, formada por homens e
mulheres com um espírito voluntarioso, irmanados numa vontade solidária e numa
sólida crença de que o auxílio ao próximo mais do que uma vocação é um
sentimento de coragem, de respeito, de dedicação e de civismo.
MUITO OBRIGADO PELA VOSSA ATENÇÃO E
TRABALHO DEDICADO!
BREVE
EVOCAÇÃO HISTÓRICA
Em 29/12/1949 um grupo de
chamusquenses, laboriosos e sensíveis, com o intuito de servir a comunidade,
elaborou os Estatutos e Regulamentos da Associação de Bombeiros Voluntários
Chamusquenses, que viriam a ser aprovados pelo Alvará n.º 14 de 25 de Abril de
1950 do Governo Civil de Santarém.
Sob a presidência do primeiro
Presidente da Associação, José Maria da Silva, conseguir instalações foi a
principal prioridade, tendo a primeira sede e o quartel sido instalados num
prédio de dois pisos, onde actualmente se situa o Centro de Saúde da Chamusca.
No primeiro andar funcionava a sede e no rés-do-chão o quartel.
Com a compra desse edifício e dos que
faziam parte daquele quarteirão, por parte da Santa Casa da Misericórdia para
construir o hospital, em 1952 a Associação viria a mudar-se para um prédio na
Rua Direita de S. Pedro, com um espaço mais amplo, com melhores condições e
onde funcionou até ao ano de 1991.
Entretanto, ainda nos anos 50 do século XX, esta Entidade Associativa
foi-se desenvolvendo e apetrechando e ocupando cada vez mais presença na vida
local e no serviço às populações. Em Outubro de 1951 os Bombeiros Voluntários
Chamusquenses adquiriram a sua primeira viatura de combate aos incêndios, uma
Buick, que servia também como rebocadora para a motobomba de marca Aspi.
Em 1954 entraria ao serviço um veículo
pronto-socorro que dotaria os bombeiros de mais um meio de grande importância
para acudir aos focos de incêndio.
Se na área de luta contra os fogos a
situação estava relativamente assegurada pelas viaturas referidas, era de
extrema necessidade a compra de uma ambulância que assegurasse o transporte de
doentes e feridos, o que viria a tornar-se uma realidade em Junho de 1953.
De muita importância era também a
aquisição de uma sirene de alarme que fosse utilizada para chamar os bombeiros
em caso de sinistros. E assim, em Fevereiro de 1953, procedeu-se à construção
de uma torre onde foi instalada a primeira sirene no quartel dos Bombeiros na
Rua Direita de S. Pedro. A que se seguiria mais tarde a instalação de mais duas:
uma na Senhora do Pranto, no Mirante, e outra no Bairro 1.º de Maio.
Em 1957, os Bombeiros passaram a
dispor de um outro pronto-socorro que viria a constituir-se mais um elemento de extrema
importância para uma corporação activa, dedicada e empenhada.
Paralelamente à sua actividade cívica
e de utilidade pública, a Associação dos Bombeiros Voluntários da Chamusca foi
captando cada vez mais associados e participando na vida desportiva, com
equipas de futebol, ténis de mesa e atletismo e na actividade musical com a sua
charanga. Esta Entidade tornou-se, de facto, um elemento fundamental no
desenvolvimento social do concelho da Chamusca.
No ano de 1991, no dia 25/04/1991, a Associação e os
Bombeiros Voluntários viriam a alcançar um objectivo há muito tempo pretendido:
o de ter um quartel e uma sede com condições mais adequadas para um Corpo de Bombeiros
e um parque de viaturas cada vez mais vastos e activos.
No Largo da República é onde se situa Aquela
que representa uma Casa Segura para todos nós e que se tornou ainda mais
funcional em 09/05/2013, com a inauguração de um edifício de apoio, com
camaratas para homens e mulheres, salas de formação e parqueamento de viaturas, construído com o contributo do engenheiro civil chamusquense José Monteiro, Benemérito da Associação.
É evidente que todo este percurso ao
longo de 63 anos de existência, jamais teria sido possível sem a entrega e
dedicação de homens e mulheres que, de alma imensa e de crença solidária, se
entregaram a esta missão de Amor ao próximo.
Os seus Presidentes de Direcção: José
Maria da Silva, Eugénio da Silva Santos, Luís António Vaz Tecedeiro, Manuel
Gomes, Francisco Mascarenhas Girão Pereira, Eurico Manuel da Silva Gomes,
Manuel Domingos Andrade Rufino, Sousa Pereira, Joaquim Romão e Eurico Leopoldo Rosa Monteiro e os seus
Comandantes: Francisco Manuel Prestes Romão, Luís António Vaz Tecedeiro,
António Imaginário Pestana, Júlio Moreira da Conceição, Manuel José Neves Nalha
e Manuel Domingos Andrade Rufino, foram os dirigentes que comandaram e que coordenam a acção dos
Bombeiros que têm zelado incessantemente pela nossa segurança.
João Saramago Alves (Bombeiro do
Quadro Honorário), Manuel João Nalha Oliveira, Victor Manuel Pereira Marques,
José Manuel Nalha de Oliveira, Ernesto Martinho Cegonho, José António Moedas da
Silva (Bombeiro do Ano em 1989, numa distinção do Jornal Diário de Notícias),
Armando José Marques de Sousa, João Lino Marques Saramago, José Luís Lopes Sequeira, António Carlos Santos Garrido, Alcino Sousa, António João Ribeiro Godinho, são alguns dos muitos
Bombeiros a quem devemos agradecer a cuidadosa preocupação com o dia-a-dia das
nossas populações.
MUITO
OBRIGADO PELA VOSSA DEDICAÇÃO AO PRÓXIMO!
FOTOS DE UMA VIDA SOLIDÁRIA
Prestando honra à Bandeira nas antigas instalações da Rua Direita de S. Pedro
Uma parada de homens e viaturas da Associação (anos 50)
A primeira ambulância da Associação (1953)
Baptismo do pronto-socorro, sendo madrinha a senhora Elisabete Gomes Pestana (Agosto de 1957)
O Comandante Júlio Moreira da Conceição perfilado em frente da sua Corporação.
Desfile da charanga e viaturas da Associação nos anos 70, na comemoração de mais um aniversário.
Colaboração também na cultura, com a participação num espectáculo de variedades "Bate-Papo", no Cine-Teatro da Chamusca.
Anos 60 - Entre outros, na foto, Manuel José Neves Nalha, António José Costa e João Saramago Alves.
Prestando honras às bandeiras do Município e dos Bombeiros, hasteadas frente à Câmara Municipal da Chamusca, em mais um Aniversário da Associação, nos anos 80.
Combatendo um incêndio.
Num combate a outro incêndio.
Num combate a outro incêndio.
No resgate de dois operários, após o desabamento de terras na obra de construção das piscinas municipais de Chamusca. Apesar da morte de um trabalhador da obra, fica o momento feliz de se ter resgatado um operário com vida. Os bombeiros António Carlos Garrido e João Saramago amparam o resgatado Jorge Vaz.
José António Moedas da Silva, recebendo o prémio de Bombeiro do ano pela sua participação no resgate do operário Jorge Vaz no acidente das piscinas municipais.
Manuel José Neves Nalha (Comandante dos Bombeiros Voluntários entre 1974/1977 e Comandante Honorário da Corporação) e João Saramago Alves, Bombeiro do Quadro Honorário.
25/04/1991, o ajuntamento de pessoas em torno do edifício a inaugurar.
25/04/1991 - O ministro Valente de Oliveira (Ministro do Planeamento e da Administração do Território) descerra a placa de inauguração da novo edifício dos Bombeiros.
O Presidente da Câmara Municipal da Chamusca, Sérgio Carrinho, e O Presidente da Associação dos Bombeiros Voluntários Chamusquenses, Eurico Monteiro, descerram o Monumento alusivo à inauguração da nova sede, com o lema dos Bombeiros.
O Lema
Armando Mira e Manuel Gomes numa acção de sensibilização e de educação junto da população.
Um voluntariado de homens e mulheres.
Uma das equipas de futebol dos Bombeiros
Uma das equipas de atletismo dos Bombeiros. Em cima, à direita, António João Ribeiro Godinho falecido num acidente rodoviário com uma viatura da Corporação.
25 de Abril de 2013 - Comemoração dos 63 anos da Associação
O Bolo de aniverário
O Hastear das bandeiras de Portugal, da Câmara Municipal e de Associação, por parte do Presidente do Município Sérgio Carrinho, do Comandante dos Bombeiros Manuel Rufino e do Presidente da Associação Eurico Monteiro.
O Cumprimento de Honra
O Início do desfile pelas ruas da Vila
João Saramago, funcionário e 2.º Comandante da Corporação durante vários anos.
O Comandante honorário Manuel José Neves Nalha e o Presidente da Associação Eurico Monteiro
Três dos Bombeiros mais antigos da Corporação, José Luís Lopes Sequeira, Vítor Marques e António Carlos Garrido.
O futuro da charanga e dos Bombeiros, com o ensaiador Ernesto Cegonho ao fundo.
Os festejos mais que merecidos.
EDIFÍCIO DE APOIO E SUA INAUGURAÇÃO EM 09/05/2013
O Edifício ainda em construção
No dia da inauguração
A Chararanga a abrir a festa.
O desfile dos Bombeiros
O Bombeiro António Emílio, o antigo Comandante Manuel José Neves Nalha, um representante da Protecção Civil e o Comandante dos Bombeiros da Chamusca desde 1977, Manuel Domingos Andrade Rufino.
Uma imagem da mesa com os representantes dos Bombeiros, da Autarquia e da Protecção Civil.
O Presidente da Associação, Eurico Monteiro, no uso da palavra.
Já no interior do novo edifício o descerrar da placa de inauguração pelo Eng.º José Monteiro.
A placa da inauguração e o agradecimento.
No interior das novas instalações.
O Presidente da Câmara Municipal da Chamusca, Sérgio Carrinho, falando sobre o novo Equipamento.
O responsável pela obra e pela sua dádiva, o Benemérito Eng.º José Monteiro.
ENTREVISTAS
Aqui se abre mais uma parte deste trabalho, desta vez com a presença e as palavras daqueles que contribuem e contribuíram para que a nossa vida seja mais segura e mais solidária e, simultaneamente, para que a Associação de Bombeiros Voluntários Chamusquenses seja um exemplo de dedicação ao próximo.
&&&&&
Deixo consignado que neste capítulo das entrevistas o meu trabalho foi apenas de pormenores, de revisão e de edição. É possível trabalhar em conjunto, quando os homens estão unidos numa mesma causa: a de dignificar as pessoas e as instituições. Deve-se a João José Bento, como entrevistador, esta recolha de opiniões e também muito do espólio fotográfico que aqui se reuniu. Para além de ser ele próprio membro da Direcção da Associação é uma pessoa incansável na recolha e divulgação de valores sócio-culturais da Chamusca. Muito Obrigado!
Eurico Leopoldo Monteiro – 65 anos
(Presidente da Associação de Bombeiros Voluntários Chamusquenses)
Em 1982 é convidado para Presidente dos Bombeiros Voluntários
da Chamusca, não aceitando porque, no seu entender, não tinha qualquer experiência
para o cargo. Contudo, em 1983, não resistiu a novo convite e aceitou. Foram
anos de grande luta, onde estiveram envolvidos vários elencos diretivos, pela
construção do novo quartel, o que se viria a tornar uma realidade em 1991.
Pertencer às várias direções dos Bombeiros Voluntários da
Chamusca, para além de uma grande orgulho, ajudou-o a superar momentos muito
difíceis da sua vida.
Há quantos anos pertence
às Direções dos Bombeiros Voluntários da Chamusca?
A minha entrada para
os Bombeiros deu-se em 1982, como vice-presidente. No ano seguinte ocupei o
cargo de presidente, que mantive até ao fim de 1991, ano em que se inaugurou
este novo quartel onde estamos, no qual estive envolvido em todo o seu projeto
e concessão com um acompanhamento diário até à sua concretização.
Depois passei para a Assembleia Geral, onde me mantive até 2002,
quando regressei como presidente e onde me mantenho até hoje. Isto é um bichinho que
nos entra no sangue e depois contamina-nos.
Tempos diferentes. Quartel
antigo, novas instalações e edifício de apoio, muita coisa mudou?
Quem conheceu as instalações antigas, reconhece que aquilo
não tinha condições algumas, pouco mais era que um barracão, além de haver duas
instalações. As viaturas estavam num lado e o quartel noutro sítio, tudo aquilo
não era operacional. Nessa fase, tudo era diferente, agora os bombeiros já nada
têm a ver com essas épocas passadas.
O quartel novo foi uma luta muito
grande e só se concretizou com a ajuda da Câmara Municipal da Chamusca, porque
sem o seu contributo seria impossível ter estas instalações.
O edifício de apoio inaugurado em Maio do corrente ano, foi construído
com verbas do CREN (Fundos comunitários) e verba própria. A Câmara Municipal
não comparticipou monetariamente, mas tem sempre apoiado os bombeiros como
acontece em relação a outras associações.
25/04/1991 - Eurico Monteiro acompanha o Ministro Valente de Oliveira (Ministro do Planeamento e da Administração do Território) durante a inauguração da Nova Sede e Quartel dos Bombeiros.
25/04/29013 - Eurico Monteiro, discursa na Iauguração da Nova Sede e Quartel.
A ampliação veio criar melhores condições aos bombeiros. Tudo
isto é feito com o pensamento no futuro?
Sem dúvida que veio criar melhores
condições e permitir um futuro mais apetrechado de equipamentos. Neste
processo, não nos podemos esquecer que a obra foi comparticipada a 85%, mas mesmo
em anos de crise, em que em bombeiros não são exceção, nós arriscamos ao
investir o restante com o nosso dinheiro e conseguimos. Sem nunca pôr em perigo
a sustentabilidade financeira da associação, temos a obra paga e a situação
financeira atual contínua estável.
Quero aqui referir um pormenor muito
importante. Aproveito a ocasião para mais uma vez agradecer ao Engenheiro José
Monteiro, que foi o autor do projeto, o fiscal da obra e um grande benemérito,
não cobrando qualquer verba, o que representa uns milhares de euros.
Eurico Monteiro e José Monteiro, na inauguração do novo edifício de apoio.
Este edifício não é só para os bombeiros, poderá também ser
utilizado pela comunidade?
As instalações estarão ao serviço da
comunidade em geral, desde que os bombeiros sejam ressarcidos minimamente nas
despesas.
Novos tempos, novas
mentalidades, como é a chegada de jovens à corporação?
Temos alguns jovens, mas
precisamos de mais. Estamos a tentar promover campanhas de sensibilização para
cativar mais jovens, porque os velhos estão a passar à reserva.
Qual é
ponto atual da situação financeira dos Bombeiros Voluntários da Chamusca, em
tempos tão difíceis?
Nunca demos o passo maior
que a perna. Apesar de haver cortes na saúde, nos transportes, para além da
crise, nós tentamos não deixar os transportes dos serviços que nos forem possíveis
efetuar, por isso temos uma situação financeira estável.
Isto não significa que, como as coisas estão a piorar, para nós não haja
também dificuldades. O certo é que até hoje não despedimos ninguém e vamos
gerindo sempre o dinheiro com muita precaução.
Que mensagem gostava de deixar aos seguidores do blogue “Corações
da Chamusca”?
A mensagem que deixo é a
de que apoiem os bombeiros, que são a garantia de auxílio às populações. Ninguém
pense que sem os bombeiros a vida seria igual.
Manuel Domingos Andrade Rufino - 65
anos
(Comandante dos Bombeiros Voluntários Chamusquenses)
Chegou a comandante dos Bombeiros
Voluntários da Chamusca em setembro de 1977. Há, portanto, 35 anos que assumiu
a liderança de tão grandiosa instituição. Na altura viviam-se tempos muito
difíceis, após a revolução de Abril, em que tudo faltava aos bombeiros
voluntários.
Pertence aos quadros diretivos há
cerca de 32 anos. Só durante 4 anos não pertenceu a direções. Para além de
comandante chegou a ser presidente da Associação.
Como é que surgiu o convite por parte dos bombeiros para
assumir o comando, em tempos tão difíceis?
A minha vinda para os
bombeiros aconteceu em 1977, num período bastante difícil. A Associação não
tinha direção, mas lá se conseguiu arranjar um elenco diretivo. Como o
comandante se afastou por motivos da sua vida pessoal, a direção insistiu para
que fosse eu a assumir o comando e assim fiz. Com o tempo fui adquirindo a experiência e o traquejo necessários para estas andanças.
Tudo agora é diferente, o quartel novo melhorou muito a vida
dos bombeiros?
O quartel antigo não
tinha condições e depois o espaço junto à Câmara Municipal era à beira da Estrada
Nacional 118 e não podia haver saída para uma estrada com tanto trânsito. O
quartel novo tem instalações que se podem considerar boas. Foi o resultado de uma
luta de várias direções pela sua construção e de quase 30 anos de esforço e dedicação.
Em 35 anos de comando, há momentos que deixam marcas?
Sem dúvida que a vida de
bombeiro é muito marcante. Não são só os incêndios, mas também muitos acidentes
e muita preocupação onde tem que haver grande capacidade de decisão.
Em 2003 o fogo provocou grande destruição no concelho da
Chamusca. Como é que viveu esses momentos?
Tivemos grandes
preocupações devido à forma como o fogo se desenvolveu. Além das casas que
arderam e das vítimas mortais, muito fizeram os bombeiros para que o fogo não
destruísse mais habitações e ceifasse mais vidas humanas. Sentimo-nos
impotentes, por não haver mais meios disponíveis, porque os fogos não eram só
na Chamusca, o distrito e o país estavam em chamas nesse mês de Agosto.
Passados 10 anos, a organização no combate a incêndios está
diferente?
Evoluiu bastante com outros meios disponíveis,
essencialmente nas comunicações e na organização de homens, viaturas e outros
meios, o que no centro de operações facilita o combate aos incêndios.
Que mensagem gostaria de deixar à população da Chamusca e aos
amigos e conhecidos que nos visitam?
Aos chamusquenses, o meu obrigado pela estima
e consideração que sempre tiveram por mim e pela corporação dos bombeiros,
minimizando assim os maus momentos porque se passa. Aos amigos, conhecidos e
população em geral, nunca deixem de apoiar os homens que dão vida por vida.
João Lino Marques Saramago – 66 anos
Segundo Comandante,
até 2012 (Atualmente no quadro de honra)
Trinta e cinco anos ao serviço dos
Bombeiros Voluntários da Chamusca. Entrou para a corporação em 1978, como
ajudante de comando, num momento conturbado da vida associativa chamusquense, tendo em 1991 passado a ser 2.º Comandante. Sempre
teve uma ótima relação com o pessoal que comandou, defendendo a filosofia “que
não perdia os galões e o seu posto de comando” se delegasse nos outros funções
para as quais aqueles estivessem melhor preparados.
Apesar de ser um homem muito
experiente, considera o incêndio de 2 de Agosto de 2003 como uma coisa
“Dantesca” e que mexeu muito com a sua estabilidade emocional. Nas semanas
seguintes, após o fogo, quando entrava no concelho da Chamusca abatia-se sobre
ele uma tristeza enorme ao ver tudo negro e não conseguia conter as lágrimas.
Como foi a sua entrada para os bombeiros, em anos
tão difíceis na vida desta associação?
Convidaram-me nessa altura talvez por eu ser uma pessoa ativa nas
questões socias do concelho. Foi um convite para ser ajudante do Comando. Não
tinha qualquer experiência, mas devido à minha disponibilidade e carolice pela
terra e aos meus conhecimentos profissionais na parte administrativa e de funcionamento
com pessoal, acabei por aceitar. Supri a minha falta de experiência apoiando-me
sempre nos mais velhos e frequentando diversos cursos, inclusive em Lisboa no
ex- Serviço Nacional de Bombeiros.
Foi dessa forma que desempenhei a
função de Ajudante de Comando até 1991, sendo depois promovido a segundo
comandante da corporação, função que desempenhei até 2012.
Prestando honra às bandeiras hasteadas na Câmara Municipal da Chamusca, nas comemorações de mais um aniversário da Associação.
Com 35 anos de serviço, como sentiu a transição
do quartel velho para estas novas instalações?
Habitei no espaço velho desde
1978. O espaço era limitado. Havia menos recursos e menos disponibilidade. Como
era administrativo da associação, durante o serviço noturno, éramos, sobretudo,
eu e o comandante Manuel Rufino as pessoas que mais garantíamos o socorro e o
transporte de doentes, para além da intervenção em outras situações.
A mudança para o quartel novo não
foi fácil. No quartel velho tínhamos tudo à mão, nas novas instalações tivemos
que nos adaptar porque tudo era diferente. Apesar disso não deixámos de
continuar a melhorar o espaço, tanto para a corporação, como para o bem-estar
dos associados.
25/04/1991, dia da inauguração da nova sede e quartel, acompanhando Valente de Oliveira (Ministro do Planeamento e Administração do Território).
Como é lidar com homens em incêndios e acidentes,
no cenário de operações?
Cada caso
operacional tem a sua história. Houve vezes em que tive alguma dificuldade, mas
na generalidade senti-me sempre bem. Mantive uma ótima relação com o pessoal
que comandei e sempre defendi a filosofia de que não perdia os galões e o meu
posto de comando se delegasse funções nos outros que estivessem melhor preparados
fisicamente ou que tivessem um conhecimento melhor que o meu, dando o
desempenho a esse camarada, ficando eu
na retaguarda a vigiar se as coisas estavam a correr bem e ajudando quando
fosse necessário.
Coordenando o resgate de dois operários, após um desabamento de terras na obra de cosntrução das piscinas municipais de Chamusca. Do acidente, apesar de um morto, foi possível resgatar um operário com vida.
Como é que viveu o martírio dos incêndios em 2 de
Agosto de 2003?
Foram dias de muita atividade, muita preocupação e muita correria. Não
foi um incêndio, foram vários focos que originaram um grande incêndio. Foi uma
coisa “Dantesca”, onde arderam 23 mil hectares em poucas horas. Foi a
devastação quase completa do concelho da Chamusca.
Eu tive um condicionamento muito
grande, porque estava a operar também num incêndio de enormes dimensões, nos
concelhos de Tomar e Sardoal, não podendo estar logo de início no incêndio da
Chamusca, apesar do pessoal estar sempre a solicitar a minha vinda. Contudo o
comando operacional só me disponibilizou cerca das 18 horas, bem assim como a um
helicóptero de combate a incêndios: Depois acompanhei todo o trabalho,
comandando e ajudando o melhor possível para resolver os problemas que se
colocavam.
Foi
de tal modo complicado que, apesar de eu ser um homem muito experiente na
corporação, não deixei de acusar o toque nos dias seguintes após a extinção. Andei
duas semanas em tristeza total e, porque resido em Santarém, quando entrava no
nosso concelho e via tudo negro isso mexia muito com a minha estabilidade
emocional e não conseguia conter as lágrimas.
O voluntariado de hoje tem algo a ver com o de há
uns anos atrás?
A evolução
de conhecimentos mudou muito nestes últimos anos. Hoje para se ser bombeiro e
nomeadamente estes jovens que vem até nós sujeitam-se a uma recruta de 12
meses. Recruta rigorosa, onde o conhecimento é bastante trabalhado e apurado e
só é bombeiro quem pode e não quem quer. Um bombeiro para estar numa
organização destas cada vez tem que possuir mais conhecimentos, porque nós
temos que ter a certeza que quando damos qualquer indicação ou ordem os
objetivos vão ser alcançados e concretizados com sucesso.
No fim de cada entrevista, solicito sempre ao
entrevistado uma mensagem. Qual é a que tem para dar à população da Chamusca,
aos cibernautas amigos, conhecidos e curiosos que nos visitam e que às vezes
desconhecem o trabalho dos bombeiros?
Isso vem mesmo a propósito de um pensamento que tive ainda esta semana.
De um modo geral a população, não só a do concelho da Chamusca, ignora os
conhecimentos que os bombeiros têm que possuir para poderem atuar nos vários
teatros de operações e principalmente no socorro. Para se ser bombeiro tem que
se ter uma grande preparação e formação.
Dou aqui alguns exemplos. Num
acidente rodoviário, numa doença súbita, num ataque cardíaco, nalgum colapso
que possa acontecer na vida de cada cidadão e quando chamam o 112, somos nós os
bombeiros dessa terra que, no local, tomamos conta da ocorrência e fazemos o
levantamento das situações, enviando-as a quem de direito.
De facto as
pessoas só têm conhecimento da realidade do que é necessário para se ser
bombeiro, quando passam por essas situações. Bastantes vezes ouvimos dizer que
não imaginavam que fossemos capazes de fazer isto ou aquilo. Não imaginavam que
a nossa intervenção fosse tão importante para a resolução de uma situação tão
difícil. Era bom que as populações em geral vissem os seus bombeiros como pessoas
que, obrigatoriamente, têm que ter os conhecimentos básicos para poder atuar
com segurança, porque estamos a lidar com pessoas e bens e, principalmente,
quando se trata de salvar vidas humanas um indivíduo não pode falhar.
Manuel João Nalha de Oliveira – 66
Anos
(Bombeiro do Quadro de Honra)
Quase meio século dedicado a tão nobre causa, agora que
deixou o quadro efetivo, passando ao quadro de honra, sente que o quartel era a
sua segunda casa, ir aos bombeiros era uma obrigação de voluntariado, o que fez
durante 49 anos. Já se sente mal em não ter ocupação. Ficar pelo café não é
para o seu feitio.
O que é que leva um
homem a estar ligado quase meio século aos bombeiros da Chamusca?
Fui para os bombeiros
por gostar. Trabalhei lá sempre por amor à camisola. Já em criança, quando
tocava a sirene eu ficava com aquela adrenalina toda. O grande mentor da minha
ida para os bombeiros, foi o meu tio “Bobe Hoppe”, que era bombeiro e vivia em
casa da minha mãe.
Quando tinha 14 anos o
comandante Júlio, tentou levar-me mas a minha mãe não assinou a autorização. Depois
aos 17 anos, o meu pai nas costas dela assinou. No meu primeiro fogo a sirene
estava a tocar e eu estava em casa sem saber o que fazer devido à inexperiência
e foi o meu pai que me disse se eu não ia acudir ao fogo. Como já estava fardado, lá fui pela primeira vez.
Esse fogo foi na Chamusca e
aconteceu um pormenor interessante. Como no dia a seguir, estava para ser
batizado o Comer, uma viatura nova, os bombeiros já tinham os capacetes e os
machados a luzir para a cerimónia, então era ver quem conseguia desviar os
capacetes e os machados do vizinho do lado, para não sujar os seus.
Foram muitos fogos, durante muitos
anos, em diversas frentes?
Muitos. Perdi o conto. Vi
bombeiros a fazerem coisas extraordinárias, é pena que não tivessem levado
louvores, porque em cenários terríveis eles conseguiram resolver os problemas
com decisões fantásticas.
Apesar de muitos incêndios durante 49 anos, nenhum como o de
2 de Agosto de 2003?
Foi terrível! Conto aqui
um pouco desse dia. Saí de manhã acompanhado do Biléu para irmos detetar uma
coluna de fogo em Perna Seca. Éramos só nós e uma viatura de Alpiarça que se
foi embora ao meio dia acudir a outro fogo. Nós não deixamos a população do
casal à sua sorte e ficamos lá. Fomos os comandantes de um batalhão de civis. Não
tínhamos comunicações e só pela tarde apareceu uma viatura da Chamusca a dizer
que tinha andado a fazer evacuações e que a fábrica das malhas já tinha ardido.
Ficámos completamente angustiados por já estar o fogo dentro da vila e ainda
mais porque a GNR não nos queria deixar passar no Chouto. Mas conseguimos
passar por entre as chamas e vir para a Chamusca. Não sei como seria se tivesse
andado no fogo, com a impotência total de acudir a todo o lado? Apesar de tudo
muitas vidas se salvaram com a determinação dos bombeiros.
Tudo mudou em 10 anos. As comunicações são completamente
diferentes, há mais coordenação dos meios disponíveis?
Tudo mudou para muito melhor, antigamente quando se ia para a
charneca colocavam-se varas de eucaliptos nos cruzamentos para saber a direção
a tomar, ninguém as podia tirar.
As coisas mudaram radicalmente. Quando
tocava a sirene eu vinha da fábrica do tomate e a Silvina, a minha esposa, já
estava com o saco do farnel na mão, com algumas sandes, agora a rapaziada
raramente vai sem almoçar ou jantar.
Os jovens aderem com facilidade aos bombeiros e agora também
já há mulheres?
As mulheres começaram a
entrar para os bombeiros há 20 anos, mas há crise de jovens no voluntariado.
Chegámos a ser cerca de 70 voluntários, agora são apenas 6 ou 7. Os outros são
profissionais e voluntários fora da hora de serviço.
Como é que a família encarou a sua vida de bombeiro, durante
quase 50 anos?
Muito bem! A minha mulher, a Silvina, estava sempre disponível para tudo que eu lhe pedisse. Os meus filhos aderiram também aos bombeiros. A Cristina que já não o é, mas ficou o João Carlos.
Apesar de passar ao quadro de honra, vai continuar a vir aos bombeiros?
Vai ser difícil não o fazer. Ainda hoje dei
uma volta e fui ao café, mas estou tão viciado nos bombeiros que até me senti
mal.
Foram muitos anos. Apanhei do bom e do ruim. Muito boa
camaradagem no quartel velho, depois no novo encontrei outro leque de pessoas. No
quartel velho estávamos mais juntos.
Que mensagem final pode deixar para os mais jovens?
Que tenham tanto gosto
pelos bombeiros como eu e que cultivem a amizade, que isso é o mais importante
dentro e fora do Quartel. Aqueles que pretendem vir experimentar ser bombeiro
que o façam o mais rápido possível, pois vale a pena assumir tão nobre causa
cheia de valores a todos os níveis.
Com o estandarte da Associação
Kevin Gomes Sepúlveda Monteiro - 29 anos
(Oficial Bombeiro)
(Oficial Bombeiro)
É licenciado em Gestão do Território e Património Cultural, tendo sido
promovido recentemente a oficial bombeiro. Está desde os 16 anos nos Bombeiros
Voluntários da Chamusca, há precisamente 13 anos.
Que motivações fizeram vir um jovem de 16
anos para os bombeiros?
Principalmente o gosto e a amizade,
porque muitos dos meus amigos também vieram para o voluntariado. Igualmente
porque queria ter uma ocupação com sentido de responsabilidade e essencialmente
estar numa Instituição onde pudesse resolver a minha vida, fazendo o que adoro.
O que é que o levou a licenciar-se em
Gestão do Território e Património Cultural?
Foi uma opção. O conhecimento e
o saber não ocupam lugar. Além disso é uma área ligada aos bombeiros, que é
também algo que sempre me despertou o interesse e de que gostei bastante nos
anos em que estudei até obter a licenciatura. Hoje posso dizer que valeu a pena o
grande esforço que tive de fazer e a forma como me dediquei aos estudos.
Como é a camaradagem entre a gente nova
dos bombeiros?
É muito boa, há um grande grupo de amigos entre os bombeiros.
Tinha
apenas 18 anos quando se deu o grande fogo de 2003. Que recordações guarda
desse momento?
É algo que nunca mais se esquece na vida. Muitas frentes de fogo e nós
a não conseguirmos chegar a todo o lado. É muito complicado termos amigos e
família em perigo e não os podermos ajudar a todos.
Qual é neste momento o relacionamento com
os bombeiros mais velhos?
No meu caso é boa, porque apesar de agora as formas de atuação serem
diferentes de há 10 anos atrás, acho que não há nada que consiga pagar a
experiência. Nós, os mais jovens, temos os termos técnicos e as teorias, mas as
pessoas mais velhas possuem a experiência.
Com estas as novas formas teóricas, estão
a haver muitos cursos de formação?
A formação nos tempos atuais é essencial. Há especializações dentro
dos bombeiros, consoante a categoria que ocupam. Existem cursos na área de
saúde e da floresta.
Os jovens estão a aderir aos bombeiros e
ao voluntariado?
Os jovens de hoje têm falta de espírito de voluntariado e ajuda
humanitária, todos querem ser ressarcidos da atividade que fazem logo que
entram para os bombeiros e nós estamos a precisar de pessoas novas para o corpo
ativo e com mentalidade solidária.
Como é que a população vê os bombeiros mais
jovens?
Nós tentamos levar a nossa melhor imagem, sermos sociáveis e estarmos
sempre disponíveis para ajudar, em qualquer situação que seja necessária para o
bem estar da população.
Qual mensagem gostaria de deixar às
pessoas?
A minha mensagem é que não pensem só em si próprios. Há que pensar na comunidade. Hoje não precisamos dos bombeiros mas amanhã poderemos precisar, por isso ajudem-nos das mais variadas formas.
25/04/2013, desfilando na frente dos Bombeiros da Corporação.
09/05/2013, durante a inauguração do edifício de apoio, com José Luís Lopes Sequeira, um dos Bombeiros mais antigos da Corporação, ao centro.
Irina Azevedo Lino Vacas de Jesus – 31 anos
Os seus avós Maria da Glória e Joaquim Lino foram os
principais incentivadores para que fosse para os bombeiros. O seu ex-2.º
comandante, João Saramago, foi quem também exerceu grande influência para
que tivesse ficado na Corporação.
Para além da sua atuação em acidentes já esteve em várias
frentes de fogo.
Que motivações a
levaram, ainda jovem, a ingressar nos bombeiros da Chamusca?
Nunca pensei vir para os bombeiros aos 17 anos.
Foi através do 2.º comandante, João Saramago, que falou com os meus avós. Não
vinha com muita vontade, porque estava a acabar os estudos e queria ir
trabalhar, só que com a instrução e cursos que ia tirando, como o de socorrismo
e desencarceramento, fui começando a gostar de estar nos bombeiros.
Qual foi a sua primeira atividade numa frente de fogo?
O meu primeiro batismo de fogo foi
no Arripiado, à noite. Fui vestida conforme estava, mas os outros bombeiros lá me
foram arranjando fardamento adequado. Foi um incêndio de grandes proporções,
onde muitos bombeiros tiveram de retirar para não serem apanhados pelo fogo
intenso.
O fogo de 2003 deixou marcas na jovem bombeira?
Muitas! Quando saí de casa nessa manhã estava
a chover e pensava que seria um fogo de pouca importância, só que nesse dia 2
de Agosto foi uma verdadeira catástrofe que se abateu sobre o concelho da
Chamusca. Não é possível esquecer.
Como é que a população aceitou as mulheres bombeiras?
Sempre fomos muito bem
aceites pela população. Nos casos de saúde os doentes preferem até que seja uma
mulher a lidar com eles, ficam mais à vontade.
Houve algum acidente que mais a marcou?
Há sempre acidentes que nos marcam. Por
exemplo, um ocorrido no Gaviãozinho. Fomos ali chamados para um acidente de
motorizada e quando lá chegámos deparamos com uma situação muito grave. Havia
dois feridos com bastante gravidade e as condições de material não eram tão
boas como agora, mas tivemos que os socorrer e levar para Santarém, onde infelizmente
um dos sinistrados veio a falecer.
Que
mensagem final gostaria de deixar à população?
Que a população da chamusca nos visite mais
vezes no quartel !!!
Ao pessoal jovem, que
venham e adiram a uma boa causa.
Agradecimentos: A João José Bento, um Amigo e um Homem inexcedível na colaboração e apoio ao meu trabalho, à Associação de Bombeiros Voluntários Chamusquenses por zelar pela nossa segurança. saúde e bem-estar, aos entrevistados pela sua colaboração, mensagem e incentivo e aos fotógrafos, cujos nomes desconheço e que nos legaram algum do espólio fotográfico que aqui se apresenta.
Nalgumas situações de pormenor histórico socorri-me do livro "Associação de Bombeiros Voluntários Chamusquenses 1950-1991 Uma Vida ao Serviço da População", da autoria do professor António Matias Coelho, a quem envio um abraço de estima e agradecimento.
Com o marido e a filha no quartel. O presente e o futuro dos Bombeiros.
Numa acção de desmatamento.
Agradecimentos: A João José Bento, um Amigo e um Homem inexcedível na colaboração e apoio ao meu trabalho, à Associação de Bombeiros Voluntários Chamusquenses por zelar pela nossa segurança. saúde e bem-estar, aos entrevistados pela sua colaboração, mensagem e incentivo e aos fotógrafos, cujos nomes desconheço e que nos legaram algum do espólio fotográfico que aqui se apresenta.
Nalgumas situações de pormenor histórico socorri-me do livro "Associação de Bombeiros Voluntários Chamusquenses 1950-1991 Uma Vida ao Serviço da População", da autoria do professor António Matias Coelho, a quem envio um abraço de estima e agradecimento.
Comentários no Facebook
- Vale a pena ver este excelente trabalho de Carlos Santos Oliveira sobre os nossos Bombeiros.
Aurelina Maria Conde Rufino comentou uma ligação que partilhaste. Aurelina Maria Conde escreveu: "Há momentos que não esquecemos nunca. Aflições
de toda uma população.Vidas ceifadas, vazios familiares. Mãos que se estendem
mais para dar, ajudar, aliviar, cooperar, do que para pedir. Foram momentos muito
difíceis, mas falou mais alto a SOLIDARIEDADE."
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